O exame residuográfico realizado pela perícia nas mãos de E.S.R., um dos suspeitos do assassinato de Tatiane Ferreira Damasceno, de 26 anos, ocorrido no sábado, 23, no Jardim Ipanema, deu resultado positivo para pólvora.
Com base nessa evidência, em informações obtidas durante as diligências e principalmente no depoimento de duas testemunhas, cujas identidades são mantidas em sigilo, o delegado de polícia Gerson Piva, da DIG, pediu a prisão temporária de E.S.R. e seu tio, A.S.R. No despacho que decretou a prisão temporária, o juiz Alceu Correa Jr. considerou que o pedido de Piva se baseava em robustos indícios de autoria.
O CASO
O Jardim Ipanema, um bairro pobre da zona oeste de Fernandópolis, acordou alarmado naquela manhã chuvosa. Logo que o dia clareou, L.F.D., irmão de Tatiane, encontrou-se casualmente com Daniel da Silva Ramos, 36, num terreno baldio próximo à casa de Tatiane.
Os dois eram desafetos e, após uma discussão, L.F.D. disparou três tiros contra o rival e fugiu. Minutos depois, E.S.R. e A.S.R. respectivamente sobrinho e irmão de Daniel - souberam do caso e foram até a casa de Tatiane à procura do irmão dela. Não o encontraram, mas, quando iam sair, depararam com Tatiane, que voltava do trabalho ela era camareira num motel do bairro e voltava da jornada noturna.
Provavelmente por vingança, Tatiane foi fuzilada, segundo as testemunhas. Mais tarde, L.F.D. soube da morte da irmã e chegou a sair à caça dos suspeitos do segundo homicídio. Acabou detido pela polícia e confirmou que havia assassinado Daniel.
Mais tarde, a polícia avistou E.S.R. e A.S.R. num bairro próximo. Tio e sobrinho tentaram fugir numa moto, cujo pneu traseiro foi furado com um tiro. A dupla acabou presa.
Na delegacia, os dois negaram a autoria do crime. Agora, com a decretação da prisão temporária (30 dias) e as provas já coletadas, tanto L.F.D. quanto o sobrinho e o irmão de Daniel poderão ficar na cadeia até as datas dos respectivos julgamentos.