O ex-prefeito de Votuporanga, Carlão Pignatari, que se elegeu deputado estadual no dia 3, ainda nem foi diplomado e se tornou réu numa ação de improbidade administrativa instaurada pelo juiz substituto da 4ª Vara da Justiça Federal de Rio Preto, Osias Alves Penha.
Carlão e outras quatro pessoas são acusados pelo Ministério Público Federal de direcionar licitações na cidade para favorecer a máfia das ambulâncias.
Segundo a denúncia, o esquema (também chamado de escândalo dos sanguessugas) seria controlado pela família Vedoin, e teria desviado R$ 110 milhões do Orçamento da União na compra de veículos superfaturados em licitações viciadas.
A peça acusatória do Ministério Público Federal aponta que, entre 2003 e 2004, Pignatari e a procuradora do município Izildinha Alarcon Linares assinaram dois convênios com o Ministério da Saúde para a compra de ambulâncias, no valor total de R$ 259 mil.
Além da procuradora e dos irmãos Vedoin, consta do pólo passivo da ação o vice-prefeito da época, Pedro Stefanelli. O deputado eleito Carlão disse que não se manifestará enquanto não for citado pela Justiça.