Quem ganha e quem perde com os resultados

20 de Agosto de 2025

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Quem ganha e quem perde com os resultados
As eleições de 3 de outubro produziram, como sempre acontece, vencedores e vencidos dentro e fora das listas de candidatos. A política, em seu dinamismo, elege e destrona reis com a mesma facilidade.
O quadro de votação do município de Fernandópolis, se não sofreu alterações profundas, abriu caminho para alguns políticos e partidos. O principal caso é o de Itamar Borges (PMDB), ex-prefeito de Santa Fé do Sul e eleito deputado estadual pela primeira vez. Itamar teve 6.939 sufrágios em Fernandópolis – ou 19,45% dos votos válidos – e consolidou-se na liderança.


O ex-prefeito venceu até mesmo a tucana Analice Fernandes, a menina dos olhos do prefeito Luiz Vilar. A deputada de Taboão da Serra teve 6.719 votos, 220 a menos que Itamar Borges, malgrado o intenso trabalho do staff vilarista. Com isso, o PMDB de Fernandópolis, comandado pelo delegado de polícia Raul Bíscaro e pelo presidente da OAB, Henri Dias, se credencia como uma das forças naturais para o pleito de 2012.


Aliás, Vilar – que teve a satisfação da vitória de Julio Semeghini, do PSDB (13.501 votos em Fernandópolis), terá que se explicar com Rodrigo Garcia, seu colega de DEM, já que Rodrigo teve míseros 746 votos no município. Onde foi parar o apoio prometido?, deve estar se perguntando o deputado. Menos mal para Vilar que Rodrigo passou dos 200 mil votos e se elegeu com folga.


O grande derrotado talvez seja Vadão Gomes, do PP. Seus pobres 1661 votos nem se comparam ao fausto de outras épocas. Com um partido esfacelado e problemas de desgastes naturais, Vadão pode estar vendo o fim de sua carreira política. Os candidatos locais – Laurindo Bernardes e Ricardo Saravalli – tiveram votações pouco expressivas.


Quem também sai fortalecido das eleições em Fernandópolis é o PT, principalmente pelas expressivas votações de Devanir Ribeiro (2911 votos, este também apoiado pelo prefeito) e Ana Perugini (1282 votos, obtidos com o apoio da ala não-palaciana do PT local). Ambos são parlamentares sérios e dedicados, que, por força dos números alcançados, mais do que nunca terão que trabalhar pela região.


A participação da ex-prefeita Ana Bim na campanha foi discretíssima. Seus companheiros de PDT, Paulinho da Força e João Dado, foram pouco votados. Paulinho teve só 113 votos; Dado alcançou 915. Contudo, ambos se elegeram.


Pior sorte teve Carlos Lima, que apoiou Guilherme Mussi para federal e Rita Passos para estadual. Os dois candidatos são do PV. Mussi (eleito com cerca de 100 mil votos) teve apenas 435 votos, e Rita Passos (também eleita com sobras), 520. Pouco, a se considerar a magnitude da campanha.


Da Câmara de Vereadores, há pouco a se falar. O presidente Dorival Pântano (PSC) apoiou Régis de Oliveira, que obteve 201 votos. Candinha Nogueira e Creusa Nossa apostaram em Dado. Os demais embarcaram nas determinações de Luiz Vilar e trabalharam para os candidatos oficiais: Semeghini, Devanir, Rodrigo Garcia, Analice...


Por derradeiro, a constatação de que o vice-prefeito, Paulo Birolli, perdeu a pequena queda-de-braço que disputou com Vilar: o vice apoiou o candidato a deputado estadual Paulo Barbosa, que não passou de 694 sufrágios.