A falta de chuva pode pesar no bolso dos brasileiros. Em boa parte do país, lavouras sofrem com a estiagem e a quebra na safra de vários produtos tende a puxar os preços para cima.
É o caso da cana, no interior paulista. As plantações não têm se desenvolvido como deveriam e a previsão de colheita foi reduzida de mais de 600 para 570 milhões de toneladas. Ou seja, pode haver alta nas cotações do açúcar e do álcool combustível.
O outro produto que sustenta o agronegócio paulista, a laranja e também sofre. Com uma olhada rápida para os pomares é possível perceber frutas secas e miúdas, que são difíceis de serem vendidas e rendem pouco suco.
Já no Mato Grosso, um dos principais criadores de gado de corte do País, os pastos secaram e falta comida para o rebanho. O resultado são bois magros e menor oferta de carne. E quem investe em confinamento, ou seja, manda os animais para engorda à base de ração, normalmente cobra mais caro.
Também pela falta de pastos, as vacas produzem menos leite e os preços também podem subir. Na região de Fernandópolis, SP, a arroba do boi gordo já chegou a R$ 90.