No último dia 3, quase mil servidores foram a Brasília-DF, onde realizaram atos públicos em frente aos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conforme foto anexa. Até em função dessa pressão, houve decisão no pedido de providências movido contra o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), conforme segue: 9. Diante do exposto, determino a intimação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que avalie, em 72 (setenta e duas) horas, a aplicabilidade do disposto no art. 7º da Lei nº 7.783/89 em dissídio coletivo.
No dia seguinte, a assembleia da categoria em greve foi realizada não na Praça João Mendes, em frente ao fórum da capital, mas na própria Assembleia Legislativa de São Paulo, onde foram ouvidas as explicações do representante do TJ-SP de que haveria nova reunião, dessa vez com a participação de uma comissão de deputados estaduais, para tentar atender às exigências do movimento.
No dia 5, a greve dos servidores do Judiciário do Estado de São Paulo completou 100 dias. É a maior greve da história do judiciário paulista, superando até mesmo a de 2004.
A categoria reivindica a reajuste de 20,16%, referente à perda salarial gerada pela inflação dos últimos dois anos, e não retornará ao serviço até que a reposição seja efetivada pelo TJ-SP.
Para marcar os 100 dias, o movimento grevista sugeriu uma paralisação também histórica à categoria: 100 dias de greve, 100% do judiciário paulista fechado nesta quinta-feira. Apesar do apelo, nem todos os servidores aderiram à manifestação, pois temem o desconto indevido nos salários e represálias por conta de seus juízes. E é o mesmo temor (resquício da greve de 2004) que manteve parte dos servidores fora da greve desta vez: em Fernandópolis, a adesão é de apenas 30%.