A Fundação Educacional de Fernandópolis recebeu a visita de fiscais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para reconhecimento do Museu de Paleontologia mantido pela instituição. A FEF detém autorização do DNPM para pesquisa e coleta de fósseis.
As fiscais do DNPM, Irma Yamamoto, de Brasília, e Ana Lúcia Gesicki, de São Paulo, visitaram a região promovendo um levantamento dos sítios paleontológicos. O órgão trabalha na montagem de banco de dados sobre esses achados e das coleções existentes para controle das informações sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas.
Na visita à Fundação, as fiscais do DNPM foram acompanhadas pelo pesquisador e biólogo da FEF Carlos Eduardo Maia de Oliveira, a coordenadora do curso de Biologia, Alessandra Moreira de Lima e o coordenador de pós-graduação, extensão e pesquisa, Marcos Polizelli.
O museu mantido pela Fundação Educacional de Fernandópolis é referência regional para pesquisa e coleta de fósseis e cumpre uma função educativa na preservação de fósseis comentou Ana Lúcia.
Uma das preocupações do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral é a preservação dos sítios paleontológicos e, por isso, investe no trabalho de conscientização. Conhecer o trabalho da FEF e saber que tem um pesquisador na região representa um ganho importante na área de pesquisa. Parabéns à FEF, que mantém esse trabalho e incentiva a formação de grupos de pesquisas envolvendo alunos e ampliando a consciência sobre a importância de preservação desses sítios, disse Irma Yamamoto.
Desde 2004, grupo de pesquisadores da FEF desenvolve trabalho de pesquisa na região. Os primeiros fósseis localizados foram de crocodilos pré-históricos chamados de Baurusuchus pachecoi, que habitaram a região há mais de 80 milhões de anos no período geológico denominado de Cretáceo.
Em 2008, o grupo encontrou dentes de dinossauros carnívoros, genericamente chamados de terópodes. Pouco tempo depois, foram encontrados, no mesmo afloramento de rochas no município de Auriflama, restos ósseos de um dinossauro herbívoro gigantesco conhecido como titanossauro.
De acordo com Carlos Eduardo Maia de Oliveira, os fósseis retirados desse dinossauro estão preservados no Museu da FEF e o restante do esqueleto deve ser removido em breve para o avanço das pesquisas que são desenvolvidas pela Fundação através do curso de Biologia.