No editorial da edição desta quinta-feira, 10, o Diário da Região, de São José do Rio Preto, um dos mais importantes órgãos de imprensa da região noroeste, destacou o trabalho desenvolvido pelo juiz Evandro Pelarin, da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Fernandópolis, no campo das adoções tardias.
Sob o título Os rejeitados, o articulista analisa a triste realidade de rejeição e desesperança em que vivem as 25 crianças, com idade entre 5 e 17 anos, que estão disponíveis para adoção em oito cidades da nossa região.
Segundo o promotor da Infância e Juventude de Rio Preto, Cláudio Santos de Moraes, a adoção nessa faixa etária é praticamente impossível, pois a maioria dos casais prefere crianças de até dois anos de idade, sem irmãos e irmãs.
Foi exatamente para mudar esse estado de coisas que o juiz Pelarin decidiu inovar. Ele tem convocado periodicamente audiências públicas em que as fichas pessoais dessas crianças são apresentadas aos casais inscritos no programa de adoção. O magistrado tenta aproximar os casais das crianças e adolescentes que, por força da idade igual ou superior a 5 anos, são virtualmente desprovidos de chances de ganhar uma família.
Evandro Pelarin informou a CIDADÃO que três audiências públicas já foram realizadas. Nelas, conseguimos concretizar três adoções por via direta da audiência pública, e duas outras adoções aconteceram em decorrência dessas audiências, explicou.
Na opinião do jornal de Rio Preto, o modelo implantado em Fernandópolis deveria ser copiado em toda a região na tentativa de plantar um fio de esperança no coração sofrido dessas crianças.