Réus do “Crime da Avenida” são condenados a pagar indenização

20 de Agosto de 2025

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Réus do “Crime da Avenida” são condenados a pagar indenização
Decisão proferida pela juíza Luciana Cochito, da 1ª Vara Cível da Comarca de Fernandópolis, condenou o réu A.S. e seu pai, N.T.S., ao pagamento de indenizações às famílias dos jovens Murilo Braga Neves e Fabio Novelli, mortos na noite de 16 de julho de 1995, na Avenida Expedicionários Brasileiros.
N.T.S. é réu no processo porque seu filho era menor na época dos fatos. O co-réu, L.M.M., foi absolvido. Eles foram acusados de praticar “racha” na avenida. O carro de A.S., em alta velocidade, acabou colhendo a motoneta onde estavam os dois rapazes, de 16 e 17 anos. Eles morreram na hora.
A ação civil, proposta em 1998, só agora foi decidida. A juíza condenou A.S. e seu pai ao pagamento de pensão mensal, no valor de 2/3 do salário mínimo, da data do óbito até o dia em que Murilo completaria 25 anos; a partir daí, ao pagamento de 1/3 do salário mínimo, até a data em que a vítima completaria 65 anos. Além disso, eles terão que pagar R$ 120 mil por danos morais aos pais de Murilo, Jorge Antonio Neves e Maria Bernadete Braga Neves.
A mesma pena foi imposta com relação à vítima Fábio. Os beneficiários são seus pais, Luiz Donizete Novelli e Gisela Regina Paiola Baccarin. A magistrada entendeu que a ação era improcedente relativamente a L.M.M. e sua mãe, P.M.M.M.M. A sentença ainda não transitou em julgado.
DOR
Todo 7 de abril é um dia triste para o corretor Luiz Donizete Novelli, conhecido como “Bigatão”. É o dia do aniversário de Fábio. A outra data ruim, evidentemente, é a do atropelamento. Aquele 16 de julho mudou a vida de Bigatão, ex-jogador de futebol e um homem de natureza alegre.
“Prefiro não falar. Há mágoas no nosso coração que nunca saem. Falar disso é muito ruim”, disse. Ele ainda não conversou com o advogado das famílias, Edilberto Pinato. Bigatão, porém, não pôde deixar de recordar: “Na quarta-feira, o Fábio teria feito 32 anos”.