Desde o último carnaval, surgiu um problema que atinge diretamente os proprietários de carros zero quilômetro, com emplacamento nas cidades do Estado de São Paulo.
A quebra do contrato com a empresa Cordeiro Lopes, responsável pelo serviço de emplacamento, ocasionou atrasos e falta de placas nos depósitos. A empresa Centersystem, que assumiu os trabalhos, está colocando o serviço em dia, mas devido ao curto espaço de tempo, tem tido alguns problemas, como a locação de imóveis e contratação de funcionários.
Em Fernandópolis, o serviço está sendo regularizado aos poucos. Ainda faltam placas para os veículos. Quem precisa sair da cidade recebe uma autorização expedida pelo diretor e delegado da CIRETRAN Walter Ananias: o que eu fiz na verdade foi uma carta explicando o problema. Caberá ao policial rodoviário entender ou não. O motorista sai daqui sabendo disso. O que eu quero é tentar ao máximo preservar o direito do contribuinte, que paga o IPVA mais caro do Brasil.
CONES
Com a mudança da empresa que administra o emplacamento, foi necessária a mudança de prédio em caráter emergencial. O prédio que antes era na Avenida Paulo Saravalli ao lado do antigo CIRETRAN, não contava com estrutura adequada. Quem precisava ir ao banheiro, por exemplo, usava as dependências da CIRETRAN. Com todas as mudanças (a CIRETRAN agora está na Rua Espírito Santo), ficou impossível continuar os trabalhos e receber o motorista.
A Centersystem locou há algumas semanas um prédio na Rua Espírito Santo. A dificuldade do local, devido ao grande fluxo de veículos e por estar próximo ao centro da cidade, é conseguir vaga para estacionar enquanto o veículo é emplacado. Para isso foi pedida à prefeitura a demarcação do espaço em frente à empresa, como exclusivo para veículos em processo de emplacamento. A prefeitura negou, alegando que nova legislação em vigor impede esse procedimento.
Com o pedido negado, o diretor do CIRETRAN autorizou a colocação de cones para garantir a facilidade no estacionamento e a segurança de quem utiliza o serviço.
Na manhã de ontem, porém, fiscais da prefeitura estiveram no local solicitando a retirada dos cones. O diretor da CIRETRAN se negou a fazê-lo, alegando que espera do município uma providência que solucione o problema e garanta os direitos do contribuinte.
O delegado assistente da Seccional, Orestes Carósio Neto, entrou em contato com o diretor municipal de trânsito, Gilmar Cestaro, pedindo providências. Cestaro, que está em Brasília a trabalho, disse que está estudando uma solução.