A falta de chapas interessadas em assumir a direção do Fernandópolis Futebol Clube obrigou o secretário e membro do Conselho Deliberativo, Fred Jorge, a adiar para a próxima segunda-feira, 15, a eleição do clube.
A reunião aconteceu ontem, às 9h, no salão de eventos da ACIF. Ao abrir os trabalhos, Fred leu uma carta assinada pelos empresários Renato Colombano e Álvaro Zonta, na qual eles afirmaram não ter interesse em comandar o time este ano, devido à falta de apoio dos poderes constituídos.
Os dois empresários dirigiram o clube em 2009, com boa campanha, classificando a equipe para a fase decisiva do campeonato da 2ª Divisão paulista e levando grande público ao estádio.
PREFEITO
Na terça-feira, em reunião com o prefeito Luiz Vilar, Colombano soube que a administração se comprometeria apenas a fazer as adequações necessárias no estádio Cláudio Rodante. O jovem empresário queria apoio mais efetivo do prefeito, inclusive com encaminhamento de pedidos de patrocínio a empresas.
O ex-presidente Jesus Moreti, que já havia resolvido se afastar do clube, chegou a admitir sua volta, condicionada a uma conversa com Vilar e o diretor de esportes da prefeitura, Ademir de Almeida.
No meio da reunião, Fred Jorge telefonou para Moreti, e este lhe pediu que aguardasse até segunda-feira, quando se reunirá com Vilar e Ademir de Almeida. Fred fez constar em ata que o Conselho Deliberativo aguardará definição até as 17h55 do dia 15.
Ao saber, através da reportagem de CIDADÃO, do próximo encontro entre Moreti e o prefeito, Renato Colombano disse que, se as condições que forem oferecidas pela administração forem melhores, ele também poderá reconsiderar sua decisão: Eu e o Zonta não estamos abandonando o time. Só queremos melhores condições de trabalho, porque sem apoio não dá para administrar o time. Se o prefeito mudar sua posição, poderemos rever a nossa, afirmou.
CINQUENTENÁRIO
Durante a reunião da ACIF, que contou com a participação de integrantes da Sangue Azul, torcida uniformizada do Fefecê, recordou-se que o clube completará 50 anos em 2011 (foi fundado em 15 de novembro de 1961). Será vergonhoso para a cidade deixar o time morrer exatamente no seu aniversário, dizia-se.
Os integrantes da Sangue Azul comentaram que justamente neste ano, quando a torcida conseguiu seu registro em cartório como pessoa jurídica, o clube corre o risco de extinção. Isso não pode acontecer. O Fefecê é patrimônio da cidade, lamentavam.
Caso o clube peça licença do campeonato à Federação Paulista de Futebol, ficará suspenso por cinco anos e sofrerá multa de alto valor pecuniário.
