Usando da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Fernandópolis, na sessão da última terça-feira, a secretária Neusa Vieira relacionou os maiores problemas que afligem os moradores de seu bairro, o Jardim Araguaia, situado na periferia de Fernandópolis. Segundo ela, há anos a região é sistematicamente relegada a segundo plano pelas administrações municipais.
Neusa, de 26 anos (todos eles vividos no bairro) narrou aos vereadores as várias mazelas enfrentadas pela população, como a alta incidência de insetos (inclusive o mosquito transmissor da dengue) e de animais pestilentos como escorpiões.
A moradora falou do abandono de imóvel público (uma área triangular, pertencente à prefeitura, que em princípio se destinaria à construção de uma praça), da falta de recursos e projetos para o bairro e a inexistência de um local onde as crianças possam brincar. Havia um parquinho, quando era criança brinquei nele; depois, construíram no lugar o postinho de saúde, mas não foi providenciada outra área de lazer, disse.
Neusa finalizou revelando que as últimas chuvas invadiram residências e obrigaram vários moradores a construir diques à frente de suas garagens. Esses diques, se de um lado impediram a entrada das águas, inviabilizaram a utilização das garagens. Tudo isso, garante ela, pela falta de asfalto.
O vereador Etore Baroni considerou particularmente grave a denúncia da moradora, de que estaria sendo cobrada taxa de R$ 150 para a utilização do prédio do centro comunitário do bairro para a utilização em festas e eventos: Isso é muito grave, amanhã mesmo levarei esse problema ao prefeito. Neusa afirmou que está tentando reorganizar, junto com outros moradores, a diretoria do centro comunitário.