Leonardo Wilke Alves, de 23 anos, viveu no último domingo, um dos momentos mais desesperadores de sua vida. Ele perdeu o controle da moto quando atravessava o viaduto José Affonso de Albuquerque, sentido Fundação, e quase perdeu a perna direita.
O choque violento contra a passarela de pedestre deixou a perna direita do condutor praticamente destruída. Uma pessoa que passava no local na hora do acidente acionou o Corpo de Bombeiros e relatou o que via. A parte de baixo da perna de Leonardo ficou presa à de cima apenas por uma artéria.
O cabo Pedroso, que fez o resgate junto com os soldados Lopes e Donizete, diz que ficou impressionado com o que viu: Quando recebemos o telefonema a pessoa disse que a perna estava separada do corpo, por isso achamos que seria um caso de amputação traumática. Imediatamente preparamos o material de socorro, pegamos 3 sacos grandes de gelo e todo o gelo das forminhas que tínhamos no Corpo de Bombeiros. De lá até o local do acidente foram 2 minutos, os mais rápidos da minha vida. A situação era extremamente grave.
Da viatura Pedroso pediu ajuda aos policiais militares para que abrissem caminho até a Santa Casa. Ligou também para o hospital e pediu um ortopedista e um vascular urgente. O socorro foi imediato, o que garantiu a reconstituição dos tecidos e artérias. Os médicos responsáveis pela cirurgia, que durou 9 horas, foram o ortopedista Ricardo Sano e o vascular Luis Gustavo Madi Antonio.
Leonardo recebeu alta hospitalar na tarde desta sexta-feira, dia 5. Em casa ele recebeu a visita dos bombeiros. Muito emocionado agradeceu pelos primeiros socorros e garantiu que foram fundamentais. Estou no último ano do curso de fisioterapia e na hora percebi a gravidade do acidente. Os bombeiros foram sensacionais, colocaram seis compressas estéreis para estancar a hemorragia e apertaram com uma atadura. Depois amarraram três talas com espaço para o gelo entrar sem necrosar minha pele. Eu fiquei impressionado.
