Todos os anos o setor econômico é influenciado pelos três primeiros meses do ano, que são apontados como os mais chuvosos. Janeiro é o mês em que há mais chuva. Até ontem, o pluviômetro da CATI já havia registrado 248,5mm - 40,0mm a mais que em 2009. A previsão para o resto do mês é de mais chuva.
Em meio às águas abundantes, alguns tipos de comércio são beneficiados e outros prejudicados. Entre os que se beneficiam estão os setores de transporte, combustível, agropecuário e outros. Entre os prejudicados estão os de vendas externas, a construção civil e os ambulantes.
Essa semana, CIDADÃO entrevistou diversos comerciantes para saber quem ganha e quem perde com a chuva. O primeiro da lista dos beneficiados é o moto-taxista. Segundo eles, é nesse período que os passageiros mais fazem uso do transporte. O aumento é de 20 a 30% nos lucros. Quando está calor a gente recebe muitas ligações, mas não se compara aos dias de chuva. É chover e não parar nenhuma moto aqui, disse a telefonista de uma empresa.
Já para os taxistas o volume também aumenta, mas não muito, o acréscimo das corridas não passa de 20%. Mas para os postos de combustíveis a demanda é grande. Alguns chegam a ter lucro de 60%. Quando está sol o pessoal deixa os veículos em casa para não gastar e vai de bicicleta ou a pé, mas quando chove não tem jeito - e aí é a hora de abastecer, afirmou um frentista.
Para quem não tem carro, a solução para se proteger da chuva é comprar acessórios: guarda-chuvas, capas, conjunto de blusa e calça impermeável, botas, entre outros. Quem ganha, desta vez, são as lojas que vendem esses produtos.
Já no rol dos que saem no prejuízo, um dos mais prejudicados é o da construção civil. Empreiteiras afirmam ter prejuízo de quase 100%. Quando chove um dia, levamos dois para recuperar o tempo perdido. Quando a obra já está coberta ainda dá para fazer alguma coisa, mas se não estiver... De janeiro a março é a pior época para nós, disse um empresário.
