Morre “Vida” a cadela que a cidade adotou

20 de Agosto de 2025

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Morre “Vida” a cadela que a cidade adotou
No último sábado, a cadela “Vida”, de 7 anos, morreu durante uma cirurgia para retirada do útero. Um fato corriqueiro, não fosse o fato de que “Vida” era uma cachorra adorada pelos fernandopolenses.

Desde pequeno, o animal foi criado solto. Sua dona, a fisioterapeuta Renata Vidali, sabia que os huskis siberianos têm extrema facilidade para circular pelas ruas sem serem atropelados. “Vida” aprendeu a freqüentar pontos como as sorveterias Cherry e Chiquinho e o restaurante Cupim.
Além disso, ela visitava todos os pet shops da cidade, para observar os outros cães. Muitas famílias de Fernandópolis frequentemente recebiam sua visita e lhe davam comida e afagos.

“Vida”, acredite o leitor, freqüentava também as palestras da Meimei. É que lá ela se encontrava com um homem chamado Edson, de quem era amiga. Depois das palestras, Edson a punha no carro e a levava para casa.

Quando dona Jordelina Vidali faleceu, “Vida” permaneceu por um mês ao lado do radialista Alaerte Vidali, viúvo de Jordelina e tio de Renata. “Ela parecia chamar para si todos os influxos, para ajudar as pessoas”, analisa Renata.
A proprietária da cadela conta que sabia localizá-la na cidade pelo horário: “Se eu quisesse apanhá-la às 20h, por exemplo, sabia que teria de ir ao Cupim, onde ela fazia ponto nesse horário”, garante.

Renata diz que decidiu divulgar a morte do animal porque muitos amigos perguntam por ela diariamente. “É triste, mas temos que conviver com esse fato. Infelizmente, os cães vivem pouco tempo. Mas nunca vou me esquecer da “Vida”, emociona-se.