Geraldo Pedro Paschoalini nasceu em Urânia e é descendente de uma família italiana numerosa e muito animada. Seus pais Antônio Paschoalini e Rosemeire Pavin Paschoalini tiveram 12 filhos, dois faleceram ainda bebês. Ao todo, entre os vivos são seis mulheres e quatro homens. Geraldo é o oitavo filho do casal.
A família Paschoalini morava num sítio e trabalhava na lavoura, em regime de subsistência. Todos os filhos começaram a trabalhar muito cedo, as mulheres tomavam conta da casa e ajudavam a criar os irmãos uma vez que a mãe tinha problemas de saúde.
Geraldo conta que a vida era bem regrada, por vezes, chegavam a passar necessidades, mas apesar da escassez, a alegria era perene. Tive uma infância muito feliz, mas de muita miséria. Ironicamente, digo que havia entre nós muita fartura: faltava tudo! Mas éramos muito unidos e felizes. Trabalhávamos na roça cantando. Éramos muito animados.
Quando tinha seis anos, ele e sua família se mudaram para Fernandópolis. Moravam e trabalhavam na Fazenda Gandolfi. Ali, ele e seus irmãos também estudaram.
De manhã iam à escola, à tarde, ajudavam o pai na lavoura. A rotina era sempre a mesma e quando queriam mudá-la um pouquinho como, por exemplo, deixar de ir à roça para brincar - apanhavam no final do dia.
Apesar das travessuras, Geraldo adorava estudar. Sempre esteve entre os melhores alunos da classe e - já na adolescência - tinha o sonho de ser independente e ter seu próprio dinheiro. Para tanto, colocava algumas frutas e verduras na garupa da bicicleta e se dirigia à cidade para vendê-las.
Aos 20 anos, surgiu uma oportunidade de trabalhar em um banco como office-boy. Seu esforço e dedicação o levaram em apenas seis meses a galgar patamares dentro da agência. Foi, então, que ele assumiu o cargo de auxiliar administrativo. Sua ambição e persistência o fizeram conquistar cerca de oito promoções na empresa e chegar ao cargo de gerente de conta. Também chegou a substituir, algumas vezes, o gerente geral.
Nesse banco trabalhou por 11 anos, e depois resolveu montar um negócio próprio. Após um ano, recebeu o convite para trabalhar na ACIF (Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis) como gerente administrativo. Este ano, ele completa 14 anos na empresa.
Em consonância ao dito popular que diz que atrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher, por falta de uma, Geraldo tem quatro. São elas sua esposa Elizandra e as filhas Juliane (18), Gabriele (16) e Ana Lívia (4). A elas ele também dedica boa parte de sua vida.
O maior sonho de sua vida é vê-las realizadas pessoal e profissionalmente. A esposa, quem sabe à frente de um empreendimento e as filhas, bem criadas, formadas e exercendo uma profissão que lhes traga satisfação, além da remuneração.