Os escoteiros do Clube de Assistência Pequenos Gigantes terão uma grande surpresa nesse domingo, 20. Uma grande festa com bolo, guaraná, doces, pão com carne moída e presentes está sendo preparada para eles. Ao todo, são 30 crianças carentes, que residem no Jardim Paraíso e bairros adjacentes.
A iniciativa de presenteá-los com uma festa de fim de ano partiu da Fonoaudióloga Mariene Cristina de Souza, que mora no bairro e acompanha o trabalho há anos. Sou moradora e conheço essas crianças há anos. Agora, com a chegada do final do ano, pensei: porque não ajudá-las dando uma festa. Então fui atrás de alguns patrocinadores e deu certo, disse Mariele.
Um bolo de dez quilos foi doado pela empresa Ora System, os brinquedos pela Funerária Rosa Mítica e Gigantão e o pão com carne moída e guaraná pelo Supermercado Pessotto da Cohab Antônio Brandini, que há anos oferece os mesmos alimentos às crianças, aos domingos.
Outra novidade é que a família dos Pequenos Gigantes também receberá cestas básicas que foram doadas pelo Fundo Social de Solidariedade. As crianças estão todas eufóricas, não veem a hora de chegar o domingo, disse Maria Aparecida da Silva, presidente da entidade.
O Clube de Assistência Pequenos Gigantes começou com oito crianças, em 2000, debaixo de um pé de Jatobá, na casa da aposentada Maria Aparecida da Silva, mais conhecida como Cida.
Aos poucos o trabalho foi ganhando credibilidade e a confiança das crianças, que se multiplicaram e superlotaram o local. Com o aumento, a presidente requereu à Prefeitura o direito de se instalar na casa do antigo zelador do Zoológico, bem como aproveitar o espaço de um alqueire da mata.
Os Pequenos Gigantes já chegou a ter cerca de 80 jovens. Hoje, devido à falta de recursos, restam aproximadamente 30. Embora Os Pequenos Gigantes seja um trabalho de escotismo, não adianta só ensinar nozinhos às crianças, elas têm fome. Os próprios pais mandam eles para cá, por não terem o que comer em casa ou por não suportarem a presença deles. Como dizer não aos coitadinhos?, desabafou Silva.
A solução muitas vezes é desembolsar dinheiro da pequena aposentadoria para não ver o trabalho morrer. Mas, a falta de recursos não é o único problema. Desde que a mata foi desativada, em 1993, o local tem sido alvo de usuários e traficantes de droga, que se aproveitam da área aberta para fins ilícitos.
Este ano, a Prefeitura cercou o local com alambrado, fez todo calçamento, realizou trabalhos de limpeza e adequação para implantação de um Horto Florestal. O objetivo segundo o Prefeito Luiz Vilar é disponibilizar a área para a prática do lazer. As escolas e universidades também poderão utilizar o espaço como laboratório para estudo e pesquisa.