Cerca de 30 professores da rede pública de Fernandópolis compareceram na noite desta terça-feira à sessão ordinária da Câmara Municipal. Novamente, eles protestavam contra a proposta de municipalização do ensino fundamental, de 1ª a 4ª série, lançada pelo prefeito Luiz Vilar de Siqueira.
O sindicalista Wilson Frazão usou a tribuna livre do Legislativo para enunciar as desvantagens da mudança. Segundo ele, cerca de 117 professores deverão perder seus empregos. Outros 40 serão remanejados para outras cidades. Hoje, o professor tem um bônus ao final do ano, o que não consta da proposta, nem mesmo para 2010, denunciou Frazão.
Se ficarem dois anos sem trabalho, os professores adidos poderão ser exonerados. Professores terão que trabalhar no máximo 20 horas no município, segundo a lei, contra as 30 horas trabalhadas normalmente na rede estadual, explicou Frazão.
A proposta levada a Vilar é a da municipalização paralela, que significa aumentar a estrutura das escolas municipais já existentes ou construir outra escola, para atender as vagas de 1ª a 4ª série. O prefeito tem até o dia 20 deste mês para tomar a decisão.
O vereador Zambon pediu esclarecimentos acerca do projeto e prometeu atravessar a rua com os professores, se isso for necessário. No jargão da Câmara, atravessar a rua significa ir à Justiça, cujo Fórum local fica do outro lado da Avenida Raul Gonçalves Junior.