Manoel Franco: uma vida dedicada às causas sociais

20 de Agosto de 2025

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Manoel Franco: uma vida dedicada às causas sociais
Manoel Franco de Souza nasceu em Santa Adélia, município próximo a Catanduva, e veio para Fernandópolis em 1949, aos três anos de idade. Seu pai, Antônio Franco de Souza, trabalhava na lavoura e montou um empório quando chegou à cidade. Dos quatro filhos, Manoel era o primogênito.

Por conta disso, sempre teve muitas responsabilidades. Aos 16 anos, conseguiu seu primeiro emprego em uma tipografia, aprendeu o ofício, ficou ali por mais um ano e logo passou a trabalhar em outra empresa do ramo.

Em 1964, resolveu pedir emprego em uma gráfica, situada na Avenida Amadeu Bizelli. O empresário não só o contratou como, futuramente, lhe propôs comprar a empresa. Ele aceitou a proposta e por longos anos de sua vida atuou como empresário.

Paralelo ao trabalho, Manoel sempre se dedicou a trabalhos voluntários e assistenciais. Foi presidente da Casa de Menores Melvin Jones, tesoureiro do Albergue Noturno e em 2008, resolveu se candidatar a conselheiro tutelar.

“A ideia partiu da minha filha Karina. Eu já estava parado havia algum tempo e certo dia ela me disse: ‘pai, vai ter eleição para conselheiro tutelar, porque você não se candidata?’. Como eu sempre me envolvi com a área assistencial, resolvi aceitar, pois era mais uma oportunidade de prestar um serviço como cidadão. Então, aceitei o desafio e deu certo, fui eleito, e em 2010 completarei dois anos no Conselho Tutelar”, disse.

Apesar da boa vontade, Manoel confessa que a tarefa não é tão simples e que, por muitas vezes, se depara com casos que parecem não ter solução. Porém, com a ajuda da Justiça, tudo acaba se resolvendo.

“Já deparei com cada situação que penso: ‘aonde chegou o ser humano’. Mães que rejeitam filhos. Isso me choca muito, pois encontrar uma mãe que não tem condições financeiras de cuidar dos filhos, mas os ama, tudo bem. Mas ver uma mãe rejeitar os filhos por desamor, não é fácil. Isso mostra uma outra realidade. Esse amor não serve, deve existir uma outra maneira de amar. Há situações que parecem não haver solução, mas graças ao juiz (Evandro Pelarin, da Vara de Família) – que é uma pessoa iluminada – no final, a gente consegue equacionar o problema”.

Todas essas experiências têm influenciado positivamente sua vida particular. Manoel já não é mesmo depois que passou a conviver com esse tipo de realidade. Hoje, seu maior sonho é ver a sua família e as de seus filhos bem.

“Meu desejo é o de todos os pais: ver os filhos bem. Os netos e bisneto também, pois já tenho cinco netos e vou ser bisavô daqui mais algum tempo. Quero vê-los bem e para isso tenho lutado muito. Mas fora isso, não tenho grandes sonhos. Sei que vou conseguir realizar esse sonho, pois Deus não deixa ninguém desamparado. Eu creio nisso”, concluiu Manoel.