O Laboratório Adolfo Lutz enviou na tarde dessa quarta-feira, 18, o primeiro resultado negativo de leishmaniose encaminhado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do Município.
O laudo é de um cachorro de rua apelidado por Salsicha, que aparentemente tinha todos os sintomas da doença. O cão foi levado ao CCZ por uma aluna da Unicastelo que o encontrou na rua depois de ter sido atropelado.
Segundo o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses Mileno de Castro Tonisse, a população deve ficar alerta mesmo com a negativa do exame. O veterinário aguarda o resultado de 57 exames que foram encaminhados para o laboratório nas últimas semanas.
Entre eles está o de uma cachorra da raça Husky Siberiano que foi sacrificada no dia 30 de outubro pela Clínica Veterinária Domingos Alves da Unicastelo, depois de receberem um laudo positivo para leishmaniose do Laboratório Hermes Pardini de Belo Horizonte.
O caso começou quando os donos do animal chegaram ao hospital em posse de um exame que apresentava sorologia positiva baixa, 1/40, que pode resultar em um falso-positivo. Como um resultado verdadeiramente positivo precisa estar acima de 1/40, a veterinária fez novo exame conhecido como PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que detecta o parasita no DNA do animal. O exame foi encaminhado para o Laboratório Hermes Pardini de Belo Horizonte e deu resultado positivo.
Com a confirmação, a veterinária da Unicastelo Adriana Alonso Novais deu duas alternativas aos proprietários: a eutanásia ou o tratamento paliativo, uma vez que doença é crônica. O parasita fica alojado no organismo e diante de reincidência da doença, há que se fazer novo tratamento. A cada seis meses o cachorro deveria passar por exames. Trata-se de algo que não depende apenas do empenho dos donos, mas da capacidade financeira.
Com medo da transmissão da doença para os netos, o casal optou pela eutanásia. Após esse caso, outra cadela também fora do grupo de risco - surgiu no hospital na semana seguinte. Diante desses fatos, Adriana afirmou na semana passada que cerca de 80% da população canina errante de Fernandópolis pode estar com leishmaniose.
Com a chegada do resultado negativo da cadela Salsicha, enviado nesta quarta-feira pelo Hospital Adolfo Lutz, a Prefeitura elaborou ontem mesmo um comunicado oficial sobre o assunto e deverá retransmitir à imprensa entre hoje e amanhã.