Diva da Silva Souza Fagnani recebeu uma missão muito especial no início desse ano - segundo ela, um dos maiores desafios de sua vida - que foi o de coordenar as classes de Educação para Jovens e Adultos (EJA) e Educação Especial no município.
Quando recebeu o convite, achou que a estavam menosprezando, por incumbi-la de tão poucos afazeres, mas com o passar dos dias, viu que aquilo consumia todo seu tempo e que não se tratava de algo tão simples.
Quando a Darci Marin (Diretora Municipal de Ensino) me convidou para trabalhar com a EJA e Educação Especial, pensei: nossa, mas é tão pouca coisa, será que ela está achando que eu não vou dar conta? Mas, com o passar do tempo aquilo começou a tomar todo meu tempo e vi que não era algo tão simples. Relembrando, hoje até brinco com a Darci sobre isso, disse.
Quem conhece Diva sabe que a missão foi confiada à pessoa certa, pois somente alguém com um coração tão grande e tamanha dedicação poderia abraçar essa causa com responsabilidade para dar a essas pessoas o que elas, de fato, merecem: respeito, atenção e amor.
Por estes, ela tem feito muito mais que apenas acompanhar o ensino e desempenho. Agenda consulta médica no oftalmologista, prepara viatura para levá-los, corre atrás de verba para doar os óculos e quando algo que eles precisam não está ao seu alcance ela se entristece.
Apesar de nunca ter trabalhado com essa classe de pessoas e saber dos cuidados extras que necessitam, acredita que a missão é um presente de Deus em sua vida. A convivência - especialmente com os alunos deficientes - a tem feito enxergar a vida de forma diferente.
São pessoas carentes que necessitam de tratamento diferenciado, mas apesar de todas as dificuldades elas não são tristes. A gente já reclama de qualquer coisa, quando perdemos algo reclamamos. Parece que à medida que a natureza tira algo deles, supre com outra. Tudo isso me fez refletir, minha vida mudou, afirmou.
A lição de vida aprendida por Diva é que as pessoas estão no mundo de passagem e por isso devem valorizar a todos. Para dar conta de todos esses afazeres ela conta com o apoio da família (o marido Afonso, o filho Augusto e a mãe Dalila) que a incentivam e têm orgulho de vê-la tão envolvida com uma nobre missão. Já as vitórias, Diva atribui a Deus e afirma: Sou uma pessoa abençoada!