Dinamismo, garra, simpatia e determinação são algumas das características de Rosicleide Costa Scapim da Fonseca Carósio, diretora da Escola SESI de Fernandópolis. Rose, como é mais conhecida, nasceu em Indiaporã e morou com seus pais Erwândero e Maria Inês até se casar com o delegado seccional de Fernandópolis, Oreste Carósio Neto.
Rosicleide morou num sítio até os 14 anos de idade. Depois, seus pais compraram um açougue e eles passaram a viver na área urbana. Um dos sonhos de Rose na adolescência era ser advogada, mas a carência de cursos na região acabou levando-a a fazer o Magistério, Letras e Pedagogia. Ela começou dando aulas aos 18 anos em Tupinambá, depois acabou assumindo o cargo de coordenadora pedagógica por sete anos.
Certo dia, quando estava na calçada do açougue do pai, viu passar - em um Fiat 147 de cor amarela - um rapaz desconhecido. Depois de algum tempo, soube que se tratava do novo delegado da cidade.
Não demorou muito para que os dois se encontrassem e ele a pedisse em namoro. Três anos depois, eles se casaram e, em 1991, Orestes foi transferido para a Delegacia Secional de Fernandópolis e eles se mudaram para cá.
Rose continuou trabalhando em Tupinambá e viajando todos os dias, por cerca de dois anos, até que abandonou as aulas para pegar uma licença maternidade de seis meses no SESI. Logo após esse período, a escola abriu vagas para mais dois professores e ela passou em primeiro lugar.
Em princípio, lecionou à tarde e depois passou a lecionar somente à noite para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesse período, acabou ficando com o tempo muito ocioso e decidiu que queria mudar de vida. Para tanto, decidiu enfim - realizar o sonho de fazer o curso de Direito.
Em 1999, passou a fazer parte da segunda turma de Direito da Unicastelo do período diurno. Em maio, prestou um concurso para diretora, passou e teve que mudar o turno do curso de Direito. No ano seguinte, depois de fazer vários tratamentos, conseguiu engravidar. Para quem queria mudar de vida eu realmente mudei. Tudo aconteceu muito rápido, a faculdade, a diretoria do SESI e a gravidez que eu já tinha feito três inseminações e não havia dado certo. Mas não tem uma almofada que eu comece a fazer que fique parada, sempre concluo tudo o que começo. Não sei como dei conta, mas, enfim, consegui, disse.
Hoje, Rose já está há dez anos à frente do SESI como diretora, formou-se em direito e pretende advogar quando se aposentar. Seu filho, Otávio, já tem oito anos de idade. Mesmo com toda essa agitação, ela ainda encontra tempo para a vida social e religiosa. Rose e Oreste são coordenadores do Movimento Família Cristã (MFC) da Igreja Católica, fazem parte da Maçonaria e Lions Clube.
Questionada sobre seu maior sonho, ela responde que é morar em uma chácara quando se aposentar, viajar e ver as pessoas bem. Não tenho sonhos muito grandes e fantasiosos porque acho que isso não é o que Deus quer. Quero poder ajudar às pessoas e que Ele me dê sempre energia e bom senso para fazer isso sem distinção. Torço por um mundo mais igualitário, sem diferenças sociais. Eu e meu marido sempre priorizamos isso, concluiu.