O dia em que o coveiro ouviu um grito sair de um túmulo

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

O dia em que o coveiro ouviu um grito sair de um túmulo
Fazia uma semana que um dos coveiros do Cemitério de Fernandópolis havia enterrado o corpo de uma pessoa de família nobre da cidade quando, ao passar ao lado do luxuoso túmulo, percebeu que a tampa estava entreaberta. Então resolveu dar um pequeno chute para fechá-la.

Sem que esperasse, um grito ecoou do interior do jazigo. O coveiro perguntou para um colega que estava ao lado: você ouviu? Mas somente ele escutara aquela voz. Olhou dos lados para ver se havia mais alguém, mas estavam somente os dois. O fato ocorreu no ano passado, mas até hoje ele não esquece essa inusitada cena que, segundo outro coveiro, é comum por ali.

“É comum vermos pessoas andando pelo cemitério e depois ver suas fotos nos túmulos. Só então, percebemos que não eram pessoas de verdade. Uma vez passei por uma mulher que estava acendendo velas no cruzeiro. Passei e brinquei com ela, que até me respondeu. Quando voltei, segundos depois, ela já não estava mais lá e não havia velas no cruzeiro. Hoje já me acostumei, mas no começo achava estranho”, disse o segundo coveiro.

Já o terceiro coveiro, o mais antigo deles, discorda dos colegas e diz nunca ter visto nada de estranho ali. Fato questionado pelo outros dois, que alegam que todos têm fatos misteriosos a serem narrados. Mas em um ponto eles concordam: é mais fácil lidar com os mortos do que com os vivos.