A IX Jornada de Psicologia da Fundação Educacional de Fernandópolis FEF - foi aberta oficialmente na última segunda-feira, 19, pela psicóloga Mathilde Neder, de 86 anos de idade. Ela é mestre e doutora em Psicologia Clínica e livre docente pela USP, além de ser coordenadora do mestrado e doutorado da PUC-SP e psicoterapeuta familiar.
A psicóloga, cujo registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP-SP) tem o número 4, atua também na área de psicologia hospitalar no Hospital das Clínicas de São Paulo, desde 1953. Ela foi uma das organizadoras da luta pela regulamentação da profissão, na década de 1940.
Na palestra em Fernandópolis, Mathilde Neder abordou o tema A ética e a família: para onde vamos? No final, a psicóloga elogiou a participação do público estudantes e profissionais da área pelo bom nível das perguntas formuladas.
Aos 86 anos, ainda faço planos, disse, em entrevista exclusiva a CIDADÃO. A experiência de vida lhe permite comparar a relatividade do tempo no sentido da velocidade da informação entre décadas passadas e a atualidade. As informações chegam hoje à velocidade da luz, comentou.
Sobre a juventude atual, Mathilde diz: Confio muito no jovem brasileiro; acho que ele pode encontrar o melhor caminho. É preciso que a família se conscientize da sua força e auxilie o jovem a tomar suas decisões.
A psicóloga não vê excesso de liberdade: Penso que tudo é uma questão de equilíbrio e de formação tanto do jovem quanto de seus familiares. É um jogo de responsabilidades que não deve existir, porque cada um tem que assumir suas reais responsabilidades, argumentou.
Mathilde Neder se considera uma pessoa otimista. Gosto da minha vida; se é assim, só posso ser otimista. Só para que você tenha uma ideia, estou fazendo um curso de informática. Cheguei à conclusão de que tenho que aprender a lidar com isso. Até já aprendi que aquela pecinha se chama mouse, diverte-se.