Em Fernandópolis, lei não faz fumantes diminuírem ou abandonarem vício

20 de Agosto de 2025

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Em Fernandópolis, lei não faz fumantes diminuírem ou abandonarem vício
Todos os fumantes entrevistados disseram que lei não os fez mudar hábito

Uma pesquisa feita pelo Instituto QualiBest no mês de agosto revelou que a Lei antifumo – em vigor desde agosto no Estado – mudou o hábito dos fumantes. Com a proibição de fumar em locais públicos fechados, 24% estariam tentando abandonar o vício e 46% tentando fumar menos. O mesmo não foi constatado em Fernandópolis.

Nessa quarta-feira, 14, a equipe de reportagem do CIDADÃO entrevistou 25 pessoas que estavam em bares e estabelecimentos centrais da cidade. Todas disseram que continuam a fumar a mesma quantidade de cigarros - ou mais.

O aposentado Gildo Brito, 81, disse ter aumentado seu consumo depois da lei. Agora, ele fuma três maços de cigarros por dia. “Nessa idade a gente não para mais não. Com essa lei, passei a fumar ainda mais”, disse.

Já Jair Tavares de Melo, 65, disse fumar a mesma quantidade, mas também afirma que não tem como parar. “Continuo fumando a mesma coisa, o cigarro distrai a gente. Já tentei parar a alguns anos atrás, mas não tem jeito”.

Cinco donos de estabelecimentos que vendem cigarros também foram entrevistados para saber se houve queda nas vendas. Um disse ter havido uma queda muito grande, dois, um decréscimo mínimo e outros dois disseram não ter atrapalhado em nada as vendas. Neste último grupo, está o proprietário uma distribuidora de leite, situada na Avenida dos Arnaldos, que também vende bebida e cigarro e sempre recebe universitários em seu estabelecimento.

Segundo ele, não houve queda na venda de cigarros. “Meu público é a maioria universitário e eles não pensam em parar de jeito nenhum, por isso a venda de cigarros não caiu”, afirmou Carlos.

Nesse ponto, há semelhança com uma pesquisa do Instituto Análise, que revelou estar entre os jovens a maior resistência em mudar o hábito. De acordo com o estudo, entre os fumantes paulistas com idade entre 16 e 24 anos, 80% não pretendem largar o cigarro no futuro, contra 12% que já abandonaram o tabaco e 9% que querem deixar o vício.