Euvídio Viscardi recebe transplante de fígado e passa bem

20 de Agosto de 2025

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Euvídio Viscardi recebe transplante de fígado e passa bem
Euvídio Viscardi – irmão de Merciol Viscardi, que emprestou o nome ao Teatro Municipal – fez um transplante de fígado, no dia 9 de agosto, no hospital Albert Einstein de São Paulo e se recupera bem. Para ele, foi um dos melhores presentes do “Dia dos Pais” que já recebera.

Sua cirurgia durou cerca de 8h. A previsão de internação - que era de 15 dias - caiu para oito, tamanho o êxito da cirurgia. Quando Euvídio recebeu a notícia de que teria que passar por transplante, logo pensou nas longas filas de espera, o que não ocorreu.

Por intermédio de um gastrologista de São Paulo, amigo de um primo seu - que também é medico lá – Viscardi foi encaminhado para a fila de transplantes, mas devido à urgência do seu caso, não houve demora. “Eu estava com as passagens compradas para ir a São Paulo passar por uma segunda consulta com o doutor Pandulo, quando recebi a notícia de que tinha que tinha que me apresentar no dia seguinte no hospital, já para ser transplantado. Depois fui saber que o doutor já havia me inscrito no cadastro de transplantes e que, agora, as pessoas que fazem transplantes são chamadas conforme a urgência e não mais conforme a data da inscrição”.

Viscardi foi comunicado pela filha às 22h do dia 8 e deveria estar dali a oito horas na sala de cirurgia do Hospital Albert Einstein em São Paulo. A correria foi grande para conseguir chegar até lá; mas após oito horas de cirurgia, ele saiu com o novo fígado para uma nova vida.

Havia 15 anos, Euvídio vinha sofrendo de cirrose. Ficou internado por várias vezes, chegou a ter perda de memória quando a doença passou a atacar também os rins, fazendo com que o funcionamento desse órgão chegasse a quase zero. Foi cogitada a possibilidade de se fazer hemodiálise, mas não foi necessário.

Até então, ele vinha sendo cuidado pelo corpo clínico da Santa Casa de Fernandópolis. Sem ter mais o que fazer, foi encaminhado para o Hospital de Base de São José do Rio Preto. Em junho, Viscardi recebeu a notícia de que só mesmo um transplante colocaria fim a todo seu sofrimento. “Eu já não tinha mais jeito, já estava até me entregando à doença. Só não falava para minha família para não deixá-los ainda mais aflitos. Cheguei a emagrecer 30 quilos. Eu não sentia dor nenhuma, apenas muita fraqueza, não conseguia andar 100 metros que já estava cansado”, disse.

Hoje, 60 dias após a cirurgia, Viscardi tem vontade de fazer tudo que fazia antes e mais um pouco, mas não ainda não foi liberado totalmente pelos médicos. Para que esse “resguardo” de fato ocorra, Euvídio tem vários olhos que o vigiam dia e noite. “Se deixar ele quer fazer tudo, até andar a cavalo no sítio”, afirmou Fernanda, uma de suas filhas.

A melhora de Euvídio é tão visível que não passou despercebido por uma funcionária do prédio onde mora. A felicidade de vê-lo tão bem após o transplante a fez tomar uma decisão: ser uma doadora de órgãos. O gesto dela o emocionou.
Viscardi não se esquece de agradecer o apoio dos familiares, amigos e a todos o corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia por ter lhe dado um excelente tratamento durante suas internações.

Euvídio também faz um alerta à população sobre a importância de se doar. “Hoje o que emperra nessa questão de transplantes é a falta de doadores, pois a medicina evoluiu muito. Os hospitais e as pessoas que necessitam de órgãos estão esperando esses doadores. Hoje vejo o quanto é importante a doação e que qualquer um de nós estamos sujeitos a precisar um dia”, conclui Euvídio Viscardi.