80% dos consumidores não pedem Nota Fiscal Paulista

20 de Agosto de 2025

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80% dos consumidores não pedem Nota Fiscal Paulista
Um levantamento feito pelo governo apontou que apenas 80% dos consumidores não pedem a Nota Fiscal Paulista na hora da compra. Em Fernandópolis, apenas um terço têm o hábito de fazer a solicitação. A consulta foi feita pelo CIDADÃO em dois grandes supermercados da cidade.

Em um deles, a equipe de reportagem entrevistou os clientes para saber quais os motivos que incentivam ou não a pedir o benefício. Um aposentado de 66 anos, Lázaro Vieira dos Santos, que não pediu a nota fiscal ao pagar a mercadoria, alegou ao falta de acesso à internet para consultar os benefícios. “Isso só é bom para quem tem computador, para mim que já estou de idade não funciona”. Já a dona de casa Lázara Maria Guardiano, 48, disse que às vezes pede, mas que estava com pressa. Lázara disse ainda que não memorizou o número do CPF.

Motivos como esses são alegados todos os dias por 80% dos consumidores; outros afirmam que é uma forma de o governo controlar a vida das pessoas através das compras efetuadas. Diferente de Lázaro e Lázara, que deixam de exigir o benefício, o economista Rodrigo Ribeiro Damasceno faz questão. Ele já juntou R$ 450 em notas fiscais. Não há compra – barata ou cara – sem que ele exija a Nota Fiscal Paulista.

Com o dinheiro já pagou IPVA, creditou em sua conta corrente e até ganhou vários prêmios nos sorteios que são realizados mensalmente pelo governo com as pessoas que juntarem acima de R$ 100 em notas fiscais. “Eu guardo todas as notas fiscais que peço, depois entro no site e confiro todas para ver se o governo deixou de lançar alguma. Já chegaram a não lançar, e quando isso acontece, ligo e reclamo. No próximo resgate que eu fizer quero também doar um pouco a uma entidade social. Acho que todos deveriam fazer, vale a pena”, disse.

O supermercado em que Rodrigo costuma comprar passou a fazer a campanha para uma entidade específica esta semana. Eles foram procurados pela diretoria da entidade social e decidiram aceitar a parceria. “Fomos procurados pela entidade e aceitamos porque nosso patrão - o falecido Raimundo Verdi Macedo, que morreu em acidente aéreo recentemente – gostava muito de ajudar as comunidades carentes, então resolvemos fazer essa parceria”, conclui Feliz, funcionário da empresa.