Os corpos das três vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta segunda-feira, 21, no local denominado Pico do Pouso Alegre, município de Santa Izabel, próximo à Grande São Paulo Darbijoni Ferro, 44 anos, piloto; Raimundo Verdi de Macedo, 44, empresário; e Miriam Terra Verdi, 58, artista plástica e proprietária rural ainda não tem horário definido para chegar a Fernandópolis.
A perícia, nesses casos, obedece a um procedimento padrão para a identificação oficial dos corpos. Até a manhã desta terça-feira, eles permaneciam no IML de São Bernardo do Campo. Os legistas solicitaram aos dentistas das vítimas as suas respectivas fichas odontológicas, que foram enviadas pela Internet durante a madrugada. As famílias preveem que os corpos cheguem tarde da noite nesta terça ou na madrugada de quarta-feira.
NEBLINA
O trio saiu do aeroporto de São José dos Campos às 9h45, com previsão de pousar em São José do Rio Preto às 11h45. Moradores da região do acidente contaram que, por volta das 10h30, viram uma aeronave voando baixo e, em seguida, ouviram uma explosão. O monomotor Corisco Embraer prefixo PT-RYC - pilotado por Darbijoni chocou-se com um morro. Os destroços do avião se espalharam pela área de mata fechada, aonde os policiais militares de Santa Izabel e os bombeiros de Arujá, cidade próxima, só chegaram por volta das 13h de segunda-feira.
Às 15h, os três corpos foram localizados. Raimundo tinha ido visitar a mãe em São José dos Campos. Ele é proprietário do Supermercados Pejô e da Dri Calçados. Na segunda-feira de manhã, os três quase chegaram a adiar a viagem por causa do mau tempo. Eles imaginavam que, quando chegassem à região de Campinas, encontrariam melhores condições de voo.
O tenente PM Antonio Carlos Silveira afirmou que o monomotor colidiu com árvores antes de bater no morro: A destruição da aeronave foi total, explicou.
De acordo com policiais e moradores de Arujá, o tempo estava chuvoso e com neblina no horário do acidente. Segundo o agente fiscal José Paes, 47, cunhado do empresário Raimundo Verdi de Macedo, o trio chegou a pensar em adiar a viagem por causa do mau tempo. O parente acompanhou as buscas na região e esteve com o empresário no domingo durante uma festa de aniversário.
Para o chefe do Cenipa, por enquanto é prematuro associar a queda às condições climáticas. A única coisa que sabemos é que ele tinha um plano de voo visual, contou o investigador da Aeronáutica. Segundo ele, ainda não há confirmação de aeroportos vizinhos sobre um possível aviso de mudança no plano de voo, que precisaria ser comunicada obrigatoriamente. isso já está sendo checado, explicou.