A morte da estudante de medicina Mariana Finazzi de Almeida, ocorrida em uma chácara do município durante uma festa universitária, completa três meses neste sábado, 19. Durante a semana, o delegado do 2º Distrito Policial que investiga o caso, José Flávio Guimarães, pediu prorrogação de mais 30 dias para concluir o inquérito.
O laudo de três exames que foram requisitados (toxicológico, pericial e de necropsia) ainda não chegou. CIDADÃO entrou em contato com a família de Mariana na quinta-feira, 17, mas os pais disseram que só darão entrevistas depois que sair o resultado dos exames.
Novas testemunhas serão ouvidas a partir da próxima semana. Agora, o delegado pretende ouvir os médicos que atenderam a jovem quando chegou à Santa Casa. São eles Carmo Buíssa Júnior, Márcio Gagginni e Ricardo Nuevo.
Os quatro estudantes de medicina (Matheus Guimarães Almeida, Thaísa Helena de Paula Azanha, Hugo Moraes e Mariana Kleins) que socorreram Mariana no dia do incidente já foram ouvidos. O depoimento deles divergiu das informações fornecidas à polícia no dia 19 de junho.
No boletim de ocorrência consta que a vítima, de acordo com relato das testemunhas arroladas, ingeriu cerveja e vodka com refrigerante, bem como inalou uma substância do interior de um frasco, tipo spray, de buzina do barulho, sendo que por volta das 02h00, passou mal, caiu no chão e vomitou. As quatro testemunhas arroladas que lá se encontravam tentaram reanimá-la, mas de nada adiantou, oportunidade em que as testemunhas colocaram a vítima em um veículo e rumaram todos para a Santa Casa de Misericórdia local.
Agora, os quatro negam ter visto Mariana inalando o spray. Há suspeitas de que haja um pacto de silêncio entre os estudantes.
O caso
A estudante de medicina Mariana Finazzi de Almeida participava de uma festa universitária, denominada Arraiá da Nona, no dia 19 de junho em uma chácara, quando se sentiu mal, caiu no chão e vomitou. Na ocasião, estava abraçada a outra estudante de medicina, Mariana Kleins Feltrin, que também caiu ao solo. Quatro estudantes (Matheus, Thaísa, Hugo e Mariana Klein), tentaram reanimá-la. Sem êxito, levaram-na para Santa Casa. Mariana deu entrada no hospital com parada cardiorrespiratória e foi atendida pelos médicos Carmo Buíssa Júnior (plantonista); Márcio Gagginni (internista) e Ricardo Nuevo (médico da UTI). Todos os procedimentos necessários para que ela fosse reanimada foram realizados, sem sucesso.