Justiça libera R$ 1,3 mi a credores do Frigorífico Mozaquatro

20 de Agosto de 2025

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Justiça libera R$ 1,3 mi a credores do Frigorífico Mozaquatro
Depois de mais de dois anos de espera, os credores das Indústrias Reunidas CMA Ltda, mais conhecida como Frigorífico Mozaquatro, começam a receber parte da dívida. O total de R$ 1,3 milhões – que corresponde a um terço dos valores depositados nos autos – serão distribuídos entre os seguintes credores: imprensa oficial do Estado de São Paulo (R$ 14.119,58 mil); créditos para com as fazendas públicas (R$ 36.345,12 mil); bancos (R$ 657.138,03 mil); fornecedores pecuaristas (R$ 565.859,81 mil) e fornecedores diversos (R$ 111.401,55 mil). Cada um receberá o percentual de 11,88%.

O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato Rural de Fernandópolis (SIRF), Marcos Antônio Mazeti, acompanhado do juiz Heitor Katsumi Miura e do administrador judicial da recuperação, Antônio Carlos Cantarella. Dos 113 pecuaristas ligados à SIRF, 70 já começaram a ser pagos nessa quinta-feira. Os demais – que não informaram o número da conta bancária – devem procurar o Sindicato para receber a quantia.

Segundo Miura, o atraso da liberação da recuperação judicial se deu em função de dois fatores: o sequestro de bens do proprietário por parte da Justiça Federal e a crise financeira que afetou o setor pecuário e, consequentemente, o frigorífico. Heitor atribuiu a conquista a uma ação inicial feita pelo juiz Evandro Pelarin que, no início, respondia pela causa. “O plano de recuperação judicial se iniciou por uma decisão muito corajosa do juiz Evandro Pelarin, que liberou o desbloqueio de um imóvel do Frigorífico – que estava em sequestro pela Justiça. Isso permitiu que fosse feito esse primeiro pagamento. Não sei se eu teria tido a mesma coragem”, afirmou.

Novos pagamentos serão feitos à medida que forem arrecadados outros fundos. Uma outra fonte de receita seria a liberação de uma fazenda situada na cidade de Monções - avaliada em R$ 6 milhões - que também foi sequestrada pela Justiça. A decisão cabe ao Superior Tribunal de Justiça. Também foi utilizada para pagamento dos credores a arrecadação mensal do arrendamento das plantas de Fernandópolis (antigo Curtume, arrendado pelo Grupo Minerva) e Monte Aprazível.

Uma empresa de Presidente Prudente, a Prudemar, está em negociação para arrendar o Frigorífico de Fernandópolis. Três empresas (Torlin, Arantes e Estrela Alimentos) já arrendaram o local, mas nenhuma teve êxito.