A Comissão de Ética da Câmara de Fernandópolis ouve nessa segunda-feira, 14, a partir das 17h, o vereador Warley Campanha, preso há 38 dias em Estrela D´Oeste, acusado do crime de concussão (extorsão praticada no exercício de cargo ou função pública) contra o assessor jurídico da Câmara, Ricardo Franco de Almeida.
Já na terça-feira, às 17h, será a vez de Ricardo prestar depoimento à Comissão. Outras oitivas deverão acontecer durante a semana. Segundo Zambon, as testemunhas de defesa ainda não foram arroladas.
Após a fase de oitiva das testemunhas e partes envolvidas, a relatora Neide Garcia terá prazo de mais 20 dias para sua manifestação e relato, que deverá ser votado, em cinco dias, pelo Conselho de Ética.
O resultado concreto do trabalho da Comissão de Ética tanto pode ser uma advertência ou suspensão temporária de Warley do cargo de vereador ou, ainda, cassação do cargo por meio de um Projeto de Resolução que será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara para ser lido em sessão e, nos termos legais e regimentais, submetido à apreciação e deliberação do Plenário.
Um pedido de reconsideração de habeas corpus feito pelo advogado de Warley, Welson Olegário, é aguardado para esta semana. Caso a resposta do Tribunal de Justiça do Estado seja positiva, Warley poderá retornar ao Legislativo como vereador. Caso não ocorra a reconsideração como ocorreu no último dia 31 de agosto Campanha terá que aguardar julgamento do mérito do habeas corpus atrás das grades.
Segundo informações do presidente da Comissão de Ética, o vereador José Carlos Zambon, chegaram sexta-feira, 11, as provas que foram requeridas à Justiça, que podem incriminar Warley. Zambon não soube informar quais os tipos de provas que foram enviadas se são vídeos, áudios ou material escrito.
Além do corregedor da Comissão de Ética, o vereador José Carlos Zambon, compõem a comissão os vereadores Candinha Nogueira (sub-corregedora), André Pessuto (relator), Creusa Nossa (1ª secretária) e Neide Garcia (2ª secretária).