Falta de concentração, palavras escritas e lidas incorretamente são alguns dos indicadores de que uma criança ou adolescente pode estar com dificuldades de aprendizagem. Tais ocorrências que podem ter início na alfabetização - impedem que a criança tenha um bom desempenho escolar. Problemas emocionais ou cognitivos são alguns dos principais fatores.
O tratamento para esses casos varia de pessoa para pessoa e nem sempre pode ser encontrado gratuitamente. Em Fernandópolis, esse trabalho é oferecido a toda população, sem custos, através de um projeto de extensão à comunidade, realizado pelo Laboratório de Pedagogia da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF).
Por semana, cerca de 30 crianças e adolescentes são atendidos. Mais de 1.500 atendimentos já foram realizados até o momento. A expectativa é de que, até o fim desse ano, o número ultrapasse 2 mil atendimentos.
O laboratório possui uma profissional da área de psicopedagogia (Graziela Pereira Zantedeschi Mazeti), uma monitora responsável (Fernanda de Cássia Domingues), além de contar com a ajuda de alunos do curso de Pedagogia que têm a oportunidade de aprenderem na prática, a teoria aprendida em sala de aula.
As crianças ou adolescentes são encaminhados para o Laboratório de Pedagogia quando avaliados por profissionais ou pelas escolas, ao perceber que os alunos não estão aprendendo.
Primeiramente, os pais são entrevistados para uma abordagem do histórico de vida do filho. Em seguida, são analisadas informações vindas das escolas ou de outros profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos ou terapeutas ocupacionais.
Com todos esses dados, inicia-se um trabalho contínuo uma vez por semana, ou duas conforme a necessidade por meio de atividades selecionadas. Primeiro ressalta-se o que a criança ou adolescente mais gosta de fazer, em seguida, trabalha-se com a parte em que o aluno apresenta a dificuldade.
O trabalho que é realizado desde 2007 tem dado ótimo resultados. O Laboratório de Pedagogia da FEF contribuiu bastante para o desenvolvimento do meu filho, percebi que ele está mais atencioso, melhorou na escrita, na oralidade e na leitura. A melhor prova de tudo isso são as boas notas na escola, disse a mãe de M.L.G.B., de oito anos de idade.
Segundo Graziela, a psicopedagoga responsável pelo Laboratório, várias crianças têm sido beneficiadas, inclusive na recuperação da auto-estima. No final do trabalho é oferecido aos pais um relatório completo de desenvolvimento do aluno.