Estudantes podem ser multados por falta de alvará em festa universitária

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

Estudantes podem ser multados por falta de alvará em festa universitária
Uma operação conjunta realizada nessa terça-feira, 2, pela Polícia Federal, Militar, Ministério Público e o Setor Municipal de Fiscalização encontrou irregularidades em uma festa universitária promovida por alunos do curso de Medicina da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo).

Segundo informações da PM, a festa foi realizada em uma chácara da cidade. O local não possuía alvará municipal. A estimativa de público era de 600 universitários. “Quando há cobrança da entrada, o evento deve ter alvará municipal, vistoria do Corpo de Bombeiros e uma série de outras exigências que não havia ali”, disse o capitão Wilson Cardoso Junior, da Polícia Militar.

Não foram encontrados menores no interior do evento. A Policia Federal fiscalizou os funcionários da empresa de segurança e nada de irregular foi constatado. Os responsáveis pela organização do evento poderão ser multados devido à falta de alvará municipal.

De acordo com o capitão Wilson, outras operações serão realizadas durante o ano em função da morte ocorrida com uma estudante do curso de Medicina – Mariana Finazzi de Almeida – em junho, durante uma festa universitária. O caso ainda está sendo investigado pelo delegado do 2º Distrito Policial, José Flávio Guimarães. O prazo de conclusão do inquérito termina no próximo dia 19.

A morte da estudante, somada a outros casos policiais envolvendo universitários também fez com que a Polícia retomasse essa semana as palestras de cunho preventivo. O trabalho é realizado em conjunto com o Juizado Especial Cível e Criminal de Fernandópolis.

Segundo o capitão, quando o projeto foi colocado em prática, o maior problema era com relação às repúblicas. Inúmeras ocorrências de perturbação do sossego foram feitas pela PM na época. Dessa vez, dois novos temas serão incluídos no cronograma da palestra: festas universitárias e drogas ilícitas. Participam das palestras somente os cursos que já apresentaram algum problema à polícia. A ideia inicial, de acordo com o juiz Maurício Ferreira Fontes, é prevenir; se isso não der resultados, o próximo passo será a repressão.

“Fernandópolis se tornou uma cidade universitária; os alunos movimentam a economia da cidade. Isso é muito bom e reconheço que temos que tratá-los de forma especial. Mas quando surgem os problemas, também temos que cuidar para que eles não se agravem. O primeiro trabalho que realizamos em anos anteriores deu um resultado muito positivo, esperamos que esse também dê bons frutos”, afirmou o capitão Wilson. Cardoso Junior.