O delegado do 2º Distrito Policial, José Flávio Guimarães, tomou depoimento no último dia 13, da testemunha-chave no caso Mariana, a estudante de medicina Mariana Kleins Feltrin.
Segundo J. Flávio, a testemunha confirmou o que já havia dito ao CIDADÃO no dia 26 junho: Mariana Finazzi de Almeida não inalou o spray, conhecido como Buzina do barulho.
O depoimento dado pelos quatro estudantes (Matheus Guimarães Almeida, Thaísa Helena de Paula Azanha, Hugo Moraes e Mariana Kleins Feltrin) que socorreram a aluna de medicina Mariana Finazzi de Almeida no dia em que ela morreu, diverge da versão dada por eles mesmos na hora do fato para elaboração do boletim de ocorrência. Com suspeitas de um possível pacto de silêncio entre os quatros, o delegado alertou a todos sobre o crime de falso-testemunho.
Na semana passada, J. Flávio ouviu as estudantes que dividiam a república com a vítima e pretende ouvir médicos, enfermeiros e funcionários da Santa Casa depois que chegar o laudo de três exames requisitados (toxicológico, pericial e de necropsia). Nessa quinta-feira, 19, o caso completou dois meses. O delegado tem menos de trinta dias para apresentar o resultado do inquérito.
O Caso
Alunos do curso de Medicina na Unicastelo realizaram uma festa denominada Arraiá da Nona em uma chácara da cidade, no dia 19 de junho. Cerca de 80 alunos participavam da festa quando uma aluna do primeiro semestre, Mariana Finazzi de Almeida, começou a passar mal por volta das 2h. Segundo informações, ela estava abraçada com uma amiga, Mariana Kleins Feltrin, quando caiu ao solo. Mariana Kleins levantou, mas Finazzi não. Quatro estudantes (Matheus, Thaísa, Hugo e Mariana Kleins), ao verem que ela não reanimava, colocaram-na em um carro e a levaram à Santa Casa de Fernandópolis; mas Mariana já chegou ao hospital sem vida.