Dirigente Regional de Ensino transmite mensagem a diretores e professores

20 de Agosto de 2025

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Dirigente Regional de Ensino transmite mensagem a diretores e professores
Em entrevista concedida ao CIDADÃO nessa quinta-feira, 20, a Dirigente Regional de Ensino, Adélia Meneses, transmitiu uma mensagem a todos os diretores e professores das escolas de ensino fundamental.

“A minha mensagem para os diretores e professores é para que eles acreditem somente no que a prefeitura ou a Diretoria de Ensino disser; não nos boatos, porque são eles que deixam as pessoas instáveis. Se a gente não convocou uma reunião ainda é porque não tem nada de concreto”, afirmou.

Na última quarta-feira, Adélia esteve no gabinete do Prefeito Luiz Vilar para trocar ideias sobre a municipalização. Ficou decidido que, assim que o prefeito e a dirigente tiverem informações mais concretas sobre o assunto, serão convocados um professor e três representantes de cada escola para uma primeira reunião. No próximo dia 26, Vilar estará em São Paulo para fazer a assinatura de um convênio do Saresp e pode ser que ele tire mais informações sobre a municipalização.

Questionada sobre o seu posicionamento quanto a proposta do Estado, a dirigente disse não ser contra ou a favor. “Se tudo for feito dentro de uma linha democrática, com esclarecimento, não temos por que ser contra. Até porque temos uma diretora excelente que vai conduzir isso com maior possibilidade de sucesso, que é a Darci Marin. Agora, se for feito às escondidas, é claro que sou contra. Mas não contra a proposta e sim quanto a forma de execução”, disse.

Quanto a dúvidas mais frequentes dos diretores e professores, Adélia também fez questão de esclarecer. A primeira delas foi com relação a possibilidade de perda do cargo, uma vez que são efetivos no Estado e não no município:

“Não há essa possibilidade, pois quando o convênio entre Estado e município é fechado o professor permanece com tudo o que tem direito, não muda nada, o que muda é o nome da escola; mas o professor continuará a receber pelo Estado e terá as mesmas garantias. O ato de municipalizar, hoje, protege as pessoas que estão trabalhando. Ninguém é dispensado, não fica na municipalização se não quiser, porque o prefeito tem que ficar com a pessoa. Em relação a possibilidade das pessoas terem prejuízo isso a gente não vê”.

Já quanto aos professores de outras cidades que, devido à municipalização, vieram para Fernandópolis, Meneses explicou que vieram para a cidade somente aqueles que foram admitidos em caráter temporários (ACT´s). Sobre o medo e insegurança da classe Adélia analisou como normal. “Tudo o que é novo ou desconhecido gera medo, dessa forma eu entendo a reação deles”, concluiu.


Diretores afirmam que escolas melhoraram após municipalização

A reportagem também entrevistou nessa quinta-feira, 20, duas diretoras de Votuporanga e São José do Rio Preto – que tiveram suas escolas municipalizadas – para saber quais os pontos positivos e negativos. Ambas foram enfáticas em dizer que as escolas melhoram 100% depois da municipalização.

“Não tenho do que me queixar da municipalização. Desde 1998 nossa escola está municipalizada e só melhorou. No início houve resistência, mas os que resistiram na época, hoje dão a mão à palmatória. O município nos dá muito apoio. Se precisamos de um encanador ou eletricista é só ligar que eles vêm. O material é todo apostilado e só têm 25 alunos por classe”, disse a diretora de uma escola de Votuporanga.

Em Votuporanga, 11 escolas do ensino fundamental são de responsabilidade do município, além de 15 centros infantis. Existem aproximadamente 6,5 mil alunos e um corpo docente formado por 300 professores, sendo 23 efetivos do Estado. No mês passado, o prefeito da cidade, Junior Marão, renovou o convênio da municipalização por mais cinco anos.