Proposta do Estado de municipalizar escolas gera polêmica em Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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Proposta do Estado de municipalizar escolas gera polêmica em Fernandópolis
Uma solicitação do Estado sobre o número de professores efetivos em Fernandópolis, feita à Dirigente Regional de Ensino, Adélia Meneses, há dez dias, gerou grande transtorno entre professores e diretores. O pedido levou a classe a suspeitar que o Estado esteja querendo municipalizar as escolas de ensino fundamental, como vem fazendo desde 2005.

Depois de muitas especulações por parte da imprensa e da classe interessada, a prefeitura divulgou nessa quarta-feira, 19, uma nota oficial sobre o assunto. O comunicado dizia que a municipalização do ensino fundamental é uma das propostas de governo do Estado, que vem oferecendo a adesão a todos os municípios paulistas.

Em Fernandópolis, bem como em todas as cidades da comarca, a proposta vem sendo analisada e diálogos vêm sendo mantidos com a Diretoria Regional de Ensino, que representa todas as escolas e professores estaduais do município.

Até o momento, a prefeitura não tem uma posição definida sobre o assunto. Segundo o prefeito Luiz Vilar, essa medida só será tomada se for comprovadamente importante para o município e, principalmente, no que diz respeito a melhoria da qualidade da educação para os estudantes e da infraestrutura existente.

A assessoria municipal informou ainda, que Vilar quer conhecer todos os detalhes da proposta de municipalização, com ênfase ao que diz respeito aos professores. Para tanto, está programando-se para conhecer os resultados em cidades que já implantaram o sistema, para saber quais são as vantagens e desvantagens da medida, caso existam.

Nessa quinta-feira, 20, o CIDADÃO entrou em contato com os diretores das quatro escolas de ensino fundamental de Fernandópolis (Cel. Francisco Arnaldo da Silva; João Garcia Andreo; Ivonete A. Silva Rosa e Pedro Malazzi) para saber a opinião deles sobre o assunto.

Em unanimidade eles disseram ser contra a municipalização. Os motivos alegado por eles foram: possibilidade de perda do cargo, uma vez que são efetivos no Estado e não no município; exemplo de colegas de outras cidades que tiveram suas escolas municipalizadas e vieram para Fernandópolis; insegurança; falta de informação e esclarecimento sobre as mudanças; medo; entre outros.

“A gente não sabe quais serão as nossas garantias. E se tivermos que ir embora para outra cidade. É o nosso cargo, a nossa vida que está em jogo”, disse uma diretora que preferiu não se identificar.