Depois de muitas manifestações e discussão por parte dos professores e diretores das escolas estaduais sobre uma possível municipalização de escolas do ensino fundamental de Fernandópolis, a Prefeitura divulgou, nessa quarta-feira, um comunicado oficial sobre o assunto.
De acordo com o Executivo, a municipalização do ensino fundamental é uma das propostas de governo do Estado, que vem oferecendo a adesão a todos os municípios paulistas.
Em Fernandópolis, bem como em todas as cidades da comarca, a proposta vem sendo analisada e diálogos vêm sendo mantidos com a Diretoria Regional de Ensino, que representa todas as escolas e professores estaduais do município.
Até o momento, a prefeitura não tem uma posição definida sobre o assunto. Segundo o prefeito Luiz Vilar, essa medida só será tomada se for comprovadamente importante para o município e, principalmente, no que diz respeito a melhoria da qualidade da educação para os estudantes e da infraestrutura existente.
A assessoria municipal informou ainda, que Vilar quer conhecer todos os detalhes da proposta de municipalização, com ênfase ao que diz respeito aos professores. Para tanto, está programando-se para conhecer os resultados em cidades que já implantaram o sistema, para saber quais são as vantagens e desvantagens da medida, caso existam.
Na última terça-feira, cerca de 20 professores estiveram na Câmara Municipal para pedir ajuda aos vereadores e cobrar um posicionamento. Estamos ouvindo rumores de que vão municipalizar quatro escolas de Fernandópolis que seriam o Coronel, Andreo, Pedro Malavazzi e o Ivonete mas ninguém nos informou nada ou pediu nossa opinião até o momento. Então viemos pedir ajuda dos vereadores e um posicionamento, disse um professor que preferiu não se identificar.
Na manhã dessa quarta-feira, às 7h, outro grupo de professores se reuniu no Paço Municipal para cobrar explicações do prefeito; mas não conseguiram falar com Vilar. Os presentes foram informados pela assessoria, que o caso estava sendo analisado.
O temor e a preocupação da classe é a queda na qualidade do ensino e o desemprego. Minha escola tem um compromisso com a comunidade. Atendemos 150 crianças em tempo integral, os acompanhamos até na escovação dos dentes, oferecemos comida e lanche. Ninguém garante que isso continuará. Os boatos é de que já estão distribuíndo cargos. Isso mexe com a vida profissional da gente, tenho 32 anos de serviço público. Votuporanga municipalizou, boa parte do pessoal de lá veio para Fernandópolis. Estamos com medo de que isso ocorra aqui, afirmou um diretor de uma escola de Fernandópolis que pediu para não ser identificado.
