O delegado assistente do 1º Distrito Policial de Fernandópolis, Luiz Antônio Antunes, começa a ouvir nessa sexta-feira, 14, as testemunhas do crime de homicídio de que é acusado um policial militar de Votuporanga, Carlos Domingos de Melo da Silva, 32, ocorrido no último dia 7, no Jardim Liana, em Fernandópolis.
Pelo menos duas pessoas - provavelmente vizinhos da vítima, Fernando Rodrigo Bento, 19 - estão com depoimento marcado. O PM, que foi internado na Santa Casa no dia do crime para retirada de uma bala que ficou alojada no braço, recebeu alta médica nessa terça-feira e foi encaminhado para o presídio Romão Gomes, da Polícia Militar em São Paulo.
CIDADÃO tentou contato telefônico com a tenente Cristina, do setor de relações públicas do Batalhão da Polícia Militar de Fernandópolis, ao qual está subordinada a PM de Votuporanga, mas ela não foi encontrada para falar a respeito do caso.
O caso
Um jovem de 19 anos, Fernando Rodrigo Bento, foi morto no Jardim Liana no último dia 7, por volta das 8h30, com um tiro na nuca, após trocar tiros com o policial militar de Votuporanga, que não estava fardado no momento do crime. Fernando, mais conhecido como Porquinho, morreu no local. Carlos Domingos de Melo da Silva, o Cabo Melo, foi internado na Santa Casa de Fernandópolis. Em depoimento dado no próprio hospital, Melo disse que o rapaz o teria provocado logo que ele chegou à casa de sua ex-mulher para deixar a filha de seis anos de idade.
Após troca de socos, viu que o rapaz estava com um revólver na cintura. Fernando saiu correndo do local. O policial o perdeu de vista e foi surpreendido em seguida, com dois tiros em um dos braços. Para defender-se, atirou - com uma arma particular contra o jovem. Testemunhas arroladas no boletim de ocorrência afirmam que Cabo Melo teria chegado de moto com a filha, discutido e chutado o rapaz por suspeitar que este tenha sido o autor de um furto ocorrido na casa de sua ex-mulher. O fato não foi confirmado pelo policial.