Presidente da Câmara Warley Campanha é preso por extorsão

20 de Agosto de 2025

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Presidente da Câmara Warley Campanha é preso por extorsão
O vereador Warley Luiz Campanha de Araujo (DEM), presidente da Câmara Municipal de Fernandópolis, foi preso na manhã desta quinta-feira, 6, por policiais militares em colaboração com o GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

Warley é acusado da prática de extorsão (artigo 158 do Código Penal) contra o advogado Ricardo Franco de Almeida, assessor jurídico da Câmara. Segundo o libelo, o presidente do Legislativo estaria cobrando do advogado uma propina mensal equivalente a 50% do seu salário (R$ 3,6 mil) para mantê-lo no cargo. De acordo com a acusação, Warley exigia que o pagamento fosse sempre feito em dinheiro e efetuado em lugares sem movimento.

Após ser ouvido pela polícia, Warley - acompanhado do seu advogado Marlon Santana – aceitou gravar entrevista com a imprensa. “Não sei o teor da acusação, mas vou cumprir o mandado. Acho também que foi muito veemente a prisão, não precisava disso, pois não se trata de nenhum bandido. Gostaria de pedir à população fernandopolense que continue acreditando em mim”, disse Araújo.

O vereador foi capturado perto do trevo do bairro Brasilândia, quando voltava do sepultamento da mãe do prefeito Luiz Vilar, realizado em Américo de Campos. Warley estava no carro do empresário Orlando Tagliaferro, que estava acompanhado de sua esposa.

Depois do depoimento prestado no 1º Distrito Policial, Warley sentiu-se mal. O médico que o atendeu diagnosticou hipertensão arterial, e por isso o vereador foi encaminhado à Santa Casa de Fernandópolis, onde está internado. A família não autorizou a divulgação de qualquer informação sobre seu estado de saúde.

Até o fechamento dessa nota, a polícia não havia decidido para onde Warley seria encaminhado. Provavelmente, seria transferido para a cadeia pública de Estrela D’Oeste.


Sobre o GAECO

O GAECO é um grupo de atuação especial criado pela Procuradoria Geral de Justiça em 1995, que tem como função básica o combate a organizações criminosas e se caracteriza pela atuação direta dos promotores de Justiça na prática de atos de investigação, diretamente ou em conjunto com organismos policiais e outros organismos. As diligências foram acompanhadas pelos promotores Eduardo Querobim e Daniel Azadinho, do Ministério Público de Fernandópolis.