A Prefeitura de Fernandópolis está elaborando um projeto - que está sendo estudado, em conjunto pelas Diretorias de Obras e Trânsito - de recomposição de guias e calçadas em que foram construídos estacionamentos de 45 graus. O objetivo é desobstruir as calçadas para que os pedestres tenham livre acesso.
Algumas calçadas da cidade têm sido tomadas por carros que se aproveitam do rebaixamento da guia para estacionar. Outros comerciantes, por conta própria, recuaram a calçada para servir de estacionamento para os clientes.
Segundo o diretor de Trânsito, Gilmar Cestaro da Gama, após a elaboração do estudo, comerciantes serão obrigados a reconstruir as calçadas. Os que não fizerem a reconstrução poderão ser multados.
Um levantamento está sendo feito pelos dois setores para identificar todos os locais com problemas. Temos visto a necessidade, mas não é de uma hora para outra que a gente consegue eliminar o problema, o erro é de muito tempo. Mas vamos fazer esses comerciantes reconstruírem as calçadas para o bem dos pedestres, pois ninguém os autorizou a fazer esse recuo. Se for preciso, a Prefeitura arcará com essa despesa, no caso do comerciante não tomar providências, só que eles serão multados, alertou.
Uma das principais vítimas do uso indevido das calçadas tem sido os deficientes visuais. Recentemente um deficiente visual total, Gustavo Mafra, que é filho da presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis (ADVF), Célia Mafra, teve que acionar a polícia depois que uma senhora se negou a tirar o carro de uma calçada com anglo de 45 graus para que ele pudesse passar.
Em 2007, outro deficiente visual foi atropelado em frente a um supermercado na periferia da cidade, depois que decidiu andar na lateral da rua por não ter o espaço da calçada, que estava tomado de carros.
