Após morte do filho, mãe pede urgência nas obras de duplicação de rodovia

20 de Agosto de 2025

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Após morte do filho, mãe pede urgência nas obras de duplicação de rodovia
Pedro Costa Nunes, 48, foi atropelado por um ônibus na Rodovia Percy Waldir Semeghini, a 100 metros de sua casa



Após a morte de Pedro Costa Nunes, 48, que foi atropelado por um ônibus no quilômetro 555 da Rodovia Percy Waldir Semeghini - nesse sábado, por volta das 19h - sua mãe, Josefa da Costa Nunes, 70, pede urgência na duplicação da rodovia.

“Esse trecho é muito perigoso, muitas pessoas sofrem acidentes ou morrem, pois além do perigo, não há iluminação. Já cansamos de cobrar à prefeitura para que coloque um poste de luz na saída do bairro que dá à rodovia, mas não adianta. Na hora de pedir voto eles vêm, fazem promessas e mais promessas, mas depois não vira nada. Estou indignada, mas vou fazer o quê agora?”, disse Josefa.

A execução do projeto de duplicação de dois quilômetros dessa rodovia já está em faze final e deve ser anunciado pelo Governador José Serra em breve, segundo informou a prefeitura. A execução desse projeto será simultânea às obras da rodovia Euclides da Cunha.

Horas antes do acidente de Pedro - que residia na Cohab Antônio Brandini - o prefeito Luiz Vilar e o deputado federal Julio Semeghini se reuniram com os moradores do Jardim Uirapuru para anunciar três melhorias: a construção de um Centro Comunitário no bairro; execução de asfalto em algumas ruas do bairro e a duplicação da rodovia Percy Waldir Semeghini com construção de passarela.

Segundo informações, Nunes trajava roupas escuras e caminhava pela pista de rolamento – a cerca de 100 metros de sua casa – quando foi atropelado por um ônibus de trabalhadores rurais, que era conduzido pelo motorista Brás Bonora. Pedro morreu instantaneamente; Bonora não foi responsabilizado, pois a imprudência foi do pedestre que caminhava pela pista e vestia roupas escuras.

Dona Josefa revelou ao CIDADÃO que chegou a pedir para o filho não sair de casa, pois ele não estava se sentindo bem e ela também estava com uma sensação estranha de que algo ruim poderia acontecer.

No momento do acidente, uma vizinha a informou que um ônibus havia atropelado alguém que morava no bairro. “Naquela hora eu já gritei: Será que é meu filho? Saí correndo para ver; quando cheguei lá os policiais não deixaram me aproximar. Mas eu reconheci o tênis, depois a roupa; então não tive mais dúvidas”.

Pedro – que estava separado da esposa - deixou duas filhas de 19 e 23 anos de idade e uma neta de nove meses. Há dez anos sua família veio de São Paulo. Com o acidente, os pais pensam em mudar do local.

Nunes havia completado 48 anos de idade no domingo retrasado. De acordo com uma das filhas, o pai tinha problemas de alcoolismo, mas a família afirma que ele não estava embriagado na ocasião do acidente.