A bela manhã de inverno do último domingo certamente ficará por muito tempo na memória do torcedor do Fernandópolis Futebol Clube. Precisando vencer o Tanabi para se classificar à próxima fase do campeonato paulista da 2ª Divisão, a Águia tinha vários desfalques, decorrentes de suspensões e contusões.
Atendendo ao chamado da diretoria, a torcida quase lotou o Cláudio Rodante. O público presente, estimado em mais de 2,5 mil pessoas, sofreu, gritou, vaiou as decisões do árbitro Fábio Volpato Mendes e ao final saiu de alma lavada.
Foi uma partida difícil. O Fefecê entrou em campo com o jovem Diego Alves fazendo as funções de primeiro volante, tendo ao seu lado Bahia. Mineiro era o terceiro homem de meio-campo e Alex recuou para fazer o papel do suspenso Lailson, entrando Pedrão na frente.
Esse desenho tático do treinador Roberto Assis, entretanto, não funcionou bem. Sem um armador para dar qualidade ao passe, o time rifava a bola sempre que ela estava de posse dos zagueiros ou do goleiro Vicente. Talvez sentindo a responsabilidade da partida, os laterais João Paulo e André Luiz derivavam para o centro do campo, sempre que Vicente levantava os olhos em busca de um companheiro para sair jogando.
Mesmo assim, na base do entusiasmo, o Fefecê dominou as ações no primeiro tempo, até que, aos 28 minutos, num lançamento comprido de Bahia, Rodriguinho invadiu a área e tocou rasteiro, de pé esquerdo, no canto oposto do goleiro Henrique.
Com o gol, cresceu o futebol dos dois volantes, que, mais tranqüilos, passaram a acertar a maioria dos passes. O Tanabi, por sua vez, assentou-se em campo e realizou alguns contra-ataques perigosos. Num deles, depois de um cruzamento da direita, Rafael acertou um chute fortíssimo no travessão. A vitória parcial no primeiro tempo acabou sendo bom negócio para o Fernandópolis.
Na etapa final, Diego Alves sentiu cansaço era sua primeira partida jogando desde o início e o meio de campo tanabiense dominou as ações. O camisa dez Cadu, jogador habilidoso, simulava faltas que eram sistematicamente marcadas pelo árbitro Fábio Volpato, irritando a torcida. Essas faltas não surtiram efeito para o Tanabi assim como as substituições na Águia não surtiram o efeito desejado, já que Roberto só tinha no banco garotos inexperientes e Diego Borges meio baleado.
Dessa forma, o sufoco só terminou aos 48 minutos, com o apito final. Alguns jogadores se ajoelharam, outros se abraçavam felizes: o Fefecê é o quarto colocado do Grupo 1 e se classificou ao lado de Tupã, Santacruzense e Atlético Araçatuba. O José Bonifácio, que venceu o Ilha Solteira fora de casa por 3 x 0, ficou com os mesmos 23 pontos do Fernandópolis mas perdeu no critério de número de vitórias (sete contra cinco). Demais resultados: Santacruzense 1x0 Tupã e Araçatuba 5x1 Assisense.
FICHA TÉCNICA: Fefecê: Vicente, João Paulo (Erick), Rafael, Ezequiel e André Luiz; Diego Alves (Alisson), Bahia, Mineiro e Alex; Pedrão e Rodriguinho (Tiago Barros). Técnico: Roberto Assis. Tanabi: Henrique, Zé Cláudio, Tyrone, Leonardo (Matheus) e Wesley (Carósio); Ricardo, Luiz Ricardo (Renato), Renan e Cadu; Rafael e Rodrigo Alves. Técnico: Jorge Saran.
