“Caso Mariana” completa 1 mês; delegado pede prorrogação de 60 dias

20 de Agosto de 2025

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“Caso Mariana” completa 1 mês; delegado pede prorrogação de 60 dias
A morte da estudante de medicina Mariana Finazzi de Almeida, ocorrida em uma chácara do município durante uma festa universitária, completa um mês neste domingo, 19. Na próxima segunda-feira, o delegado do 2º Distrito Policial que investiga o caso, José Flávio Guimarães, pedirá prorrogação de 60 dias para concluir o inquérito.

Apenas três estudantes foram ouvidos no mês de junho: Matheus Guimarães Almeida, Thaísa Helena de Paula Azanha e Hugo Moraes. Todos disseram não ter visto, em nenhum momento, a estudante de medicina Mariana Finazzi de Almeida portando o frasco, tipo spray, denominado “buzina do barulho”.
A versão dos três diverge, nesse ponto, do depoimento dado à polícia no dia que ocorreu o fato.

No boletim de ocorrência consta que “a vítima, de acordo com relato das testemunhas arroladas (Matheus, Thaísa, Hugo e Mariana Klein), ingeriu cerveja e vodka com refrigerante, bem como inalou uma substância do interior de um frasco, tipo spray, de buzina do barulho, sendo que por volta das 02h00, passou mal, caiu no chão e vomitou. As quatro testemunhas arroladas que lá se encontravam tentaram reanimá-la, mas de nada adiantou, oportunidade em que as testemunhas colocaram a vítima em um veículo e rumaram todos para a Santa Casa de Misericórdia local”.

Ainda falta ouvir uma testemunha, Mariana Kleins Feltrin, que em função das férias escolares retornou para sua cidade, o Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Segundo o delegado, ela seria a testemunha-chave, pois estava abraçada com Mariana quando esta passou mal.

Em 26 de junho, a reportagem do CIDADÃO ouviu Mariana Kleins por telefone. A jovem, por sua vez, também afirmou que não viu Mariana Finazzi com o spray na mão. Caso Mariana Kleins mantenha o que disse à reportagem quando for interrogada pelo delegado, haverá divergência no que foi dito pelos quatro estudantes quando foi lavrado o Boletim de Ocorrência, no dia da tragédia.

Em entrevista ao CIDADÃO, o delegado disse ontem que há suspeita de um pacto de silêncio entre os estudantes. “Caso isso realmente esteja ocorrendo eles podem ser incriminados por falso testemunho”, afirmou José Flávio.

O delegado disse ainda, que aguarda o resultado de três exames que foram requisitados: toxicológico, pericial e de necropsia.