Só nos primeiros seis meses do ano, o CADIP (Centro de Atendimento de Doenças Infecto-Parasitárias) registrou 14 casos positivos de HIV em Fernandópolis. O número corresponde a quase 10% do total de casos positivos registrados em oito anos na cidade, que é de 206.
Entre os sexos, a maior predominância é dos homens. São 101 pessoas do sexo masculino, contra 97 femininos e oito crianças. Entretanto, os dados não são precisos, de acordo com o CADIP, pois nem sempre as pessoas que possuem o vírus sabem da doença ou procuram informação.
De qualquer forma, a prefeitura tem investido em campanhas de prevenção com distribuição de panfletos explicativos, palestras, divulgação de coleta de sorologia, distribuição de preservativos, sempre procurando abranger todos os níveis sociais.
Segundo o Centro de Atendimento de Doenças Infecto-Parasitárias, o tratamento realizado depende do caso em que o paciente se apresenta. Se a carga viral estiver controlada, não é necessário o uso de ARV (antirretrovirais), mas consultas e exames específicos são necessários e indispensáveis para melhor monitoramento do paciente.
Se o controle da carga viral não estiver nos parâmetros satisfatórios, adota-se, então, o uso dos medicamentos ARV, adequando-o a cada caso especificadamente.
O CADIP de Fernandópolis é referência em tratamento na região, atendendo, inclusive, outros estados. Os casos de HIV positivo apresentados na unidade estão controlados. Lá são feitos de 90 a 120 dias os exames de carga viral e CD4, para melhor acompanhamento dos clientes, onde o médico avalia se o cliente está se adaptando bem ao medicamento e se este está realmente surtindo efeito, podendo ser alterado se necessário.
