Fernandópolis poderá ter, em 2010, uma usina de biodiesel movida à base de óleo de cozinha reciclado. O projeto já está em trâmite na FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e pode ser aprovado ainda em 2009.
Á frente desse projeto estão a prefeitura, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e quatro empresas da cidade: Grupo Arakaki, Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), Sabesp e Couros Prêmio.
Segundo Luiz Antônio Arakaki - gestor do projeto e um dos diretores da pasta de Desenvolvimento Sustentável de Fernandópolis e do Grupo Arakaki - a ideia surgiu no ano passado, a partir de uma reunião na FEF.
No ano passado a Fundação apresentou a viabilidade e oportunidade de se montar uma usina de biodiesel na região e isso ficou latente. Em conversa com o prefeito Luiz Vilar, a ideia acabou amadurecendo. Conversamos em seguida com a Unicamp e a partir daí com as empresas. Agora está em trâmite um projeto na FAPESP, onde 50% do valor do projeto serão financiados por eles e os outros 50% pelas empresas que farão parte desse consórcio, explicou Luiz.
Há cerca de quatro meses os integrantes do consórcio vêm se mobilizando em torno do projeto. Uma usina de biodiesel de Lins, que produz o produto a partir do sebo bovino, foi visitada este ano.
A partir da aprovação da FAPESP, a prefeitura pretende lançar uma campanha de divulgação e conscientização no município. O projeto envolverá além das diretorias do meio ambiente, saúde, desenvolvimento sustentável, educação, toda a população.
Toda pesquisa está sendo desenvolvida por um profissional da Unicamp em escala industrial, e não apenas laboratorial como vem sendo realizado em outras partes do mundo.
O projeto inicial é de produzir 10 mil litros de biodiesel por mês, que deverão abastecer toda frota das empresas pertencentes ao consórcio, sem qualquer tipo de comercialização.
Além da produção do biodiesel a partir de óleo de cozinha reciclado, que é inédito na nossa região, a cidade terá outros ganhos adicionais que a gente não consegue mensurar. É um desafio, o prefeito se interessou muito, pois toda a comunidade vai se envolver e ganhar com isso, afirmou Arakaki.
Para captação do óleo de cozinha serão criados vários ecopontos de coleta na cidade. A partir deles, o produto irá direto para os tanques da usina, que ainda não tem local definido. Os comerciantes que participarem doando óleo de cozinha reciclado receberão um selo de qualidade.