Moradores cobram viaduto e rebaixamento da Euclides da Cunha

20 de Agosto de 2025

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Moradores cobram viaduto e rebaixamento da Euclides da Cunha
Após diversas mortes e acidentes ocasionados na Rodovia Euclides da Cunha, no km 555, próximo ao trecho que liga os bairros Ipanema e Redentor, moradores voltaram a cobrar viaduto e rebaixamento na rodovia.

Diversos abaixo-assinados e passeatas já foram feitos no intuito de chamar a atenção e cobrar providências do poder público. Segundo os moradores, os acidentes e mortes continuam e o que existe até o momento são apenas promessas.

“Nunca tivemos um prefeito para nos ajudar, apenas para pedir votos na época da política. Já vi vários amigos meus morrerem nessa rodovia. Dá vergonha dos nossos representantes. Este ano, paguei quatro tipos de impostos para a prefeitura. É imposto em cima de imposto, melhoria que é bom nada. Muito antigamente veio um prefeito com vereadores ver a rodovia, eles falavam que não dava para fazer a duplicação por que precisaria entrar em terreno do Walter Faria, que é meu primo. Eu fui falar com o Walter e ele afastou a cerca para que fosse feita a duplicação, mas cadê que foi feita? É só promessa, já estamos cansados”, reclamou o comerciante Gumercindo Faria, morador do bairro Ipanema.

Outra moradora do mesmo bairro, Noemi Ferreira dos Santos, revelou ao CIDADÃO que o medo de perder alguém da família na rodovia é tão grande, que ela e o marido acompanham os filhos de 12 e 15 anos de idade todas as vezes que eles precisam fazer a travessia.

“Deus me livre, eu morro de medo de deixar meus filhos atravessarem a rodovia sozinhos. É uma preocupação cada vez que precisamos sair do bairro. Já morreram mais de 20 pessoas. Ali é bateu, ficou. É triste, essa rodovia é perigosa demais”, afirma Noemi. Ela revelou que, há dois anos, fizeram uma passeata que contou com moradores do Paulistano, Redentor e Ipanema, sem resultados concretos. “Não sei até quando vai continuar morrendo gente ali, sem que se faça alguma coisa”, disse.

A promessa de melhorias no local, que já se arrasta há anos, tem deixado os moradores descrentes de que a obra realmente ocorra. “Só acredito que vão fazer algo aqui nessa rodovia vendo. Enquanto não morrer ninguém da família do prefeito ou de um vereador ou alguém importante, isso aqui não sai não. Até agora só morreu pobre, é por isso”, afirmou uma moradora do Jardim Redentor, Maria Sueli da Silva.

A aposentada Leonice Carmelengo já fez várias reclamações nas rádios, através de abaixo-assinados, mas revelou ao CIDADÃO nessa quarta-feira, 8, que cansou de reivindicar e agora pensa em se mudar do bairro.

“Gosto daqui, mas esse problema da rodovia está me obrigando a sair. Tenho medo que qualquer hora uma visita vir passear em casa e morrer nesse trajeto. Só tem esse caminho para sair do bairro, não tem outro. Eu gostaria de saber o que o senhor prefeito, Luiz Vilar, pensa a respeito disso e o que ele está fazendo para mudar essa realidade e qual o projeto bom que ele tem para esse bairro”, questionou Leonice.

A última informação divulgada pela prefeitura foi a de que essa obra estava em fase de licitação. O CIDADÃO entrou em contato com a assessoria da prefeitura na última segunda-feira, 6, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.