Diretoria de Obras ignora denúncia feita há um mês à Ouvidoria Municipal

20 de Agosto de 2025

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Diretoria de Obras ignora denúncia feita há um mês à Ouvidoria Municipal
A Diretoria de Obras tem ignorado, há cerca de um mês e meio, uma denúncia feita à Ouvidoria Municipal sobre a existência de toda sorte de entulho - lixo, galhos, restos de construção - jogados no prolongamento da Rua Simão dos Santos Gomes, antiga Rua Santista, que liga a Santa Casa ao Núcleo da Cesp, próximo à nascente do Ribeirão Santa Rita.

A denúncia foi feita no dia 28 de maio pelo CIDADÃO depois que a reportagem esteve no local e encontrou, além dos entulhos e lixos, diversas placas com o telefone da Ouvidoria com a seguinte advertência: “Proibido jogar lixo, entulho e galho nesta área 0800 772 45 50”.

O CIDADÃO falou com a Ouvidoria, que entrou em contato com o coordenador de serviços gerais do Departamento de Obras, Milton Ribeiro. Este, por sua vez, ligou para a redação e disse: “Se a gente limpar lá resolve? Mas isso só poderá ser feito, provavelmente, na próxima semana (que seria no começo de junho), pois temos um cronograma a ser cumprido”, disse Milton.

Na semana passada a equipe de reportagem entrou em contato com assessoria da Prefeitura que emitiu uma nota dizendo que “a prefeitura está realizando a limpeza em todos os bairros da cidade e que a área citada, no bairro Santista, também passaria pela limpeza, mas que seria também importante ressaltar que a área onde estão sendo depositados os entulhos é um local particular e que o prolongamento não faz parte da rua, pois a mesma termina em frente ao Hemocentro.

Segundo informações de moradores e comerciantes, um dos responsáveis pela sujeira no local seria a própria Santa Casa. De acordo com uma nota oficial enviada à Santa Casa, os entulhos encontrados no mês de maio vieram das reformas feitas no hospital. A nota diz ainda que “para todas as construções e reformas que são realizadas na estrutura física do hospital, a direção aluga caçambas para que o lixo da construção possa ser depositado. Esse material é periodicamente recolhido pelo sistema de recolhimento de lixo da cidade. Uma parte do terreno ao lado da rua que liga a Santa Casa ao bairro da CESP é de propriedade da Santa Casa, que utiliza o espaço para depósito de lixos comum diário, que também é recolhido periodicamente pelo serviço público de lixo”.

Após um mês e meio, nem a prefeitura, nem a Santa Casa tomaram providencia com relação ao lixo. A área em questão é da família Cáfaro. Segundo José Afonso Cáfaro, várias partes do terreno foram doadas pela família à Santa Casa, à Prefeitura e para construção de um colégio. “A área onde foi feito aquele prolongamento é da nossa família, ele foi aberto pela própria população há muitos anos atrás”, disse.

José revelou ainda que já tem um projeto para aquela área. “Já temos um projeto muito bacana, vamos fazer terraplenagem no local, a rua continuará a existir, mas vamos asfaltá-la e urbanizá-la. As pessoas não vão acreditar quando virem aquele local do jeito que ficará. É um projeto para daqui a três anos, mas já estamos nos preparando para modificar aquela área, quem sabe resolveremos esse problema do lixo”, concluiu José Afonso Cáfaro.