Passar nos vestibulares mais concorridos não tem fórmula mágica e, provavelmente, nunca terá. Que o diga Matheus Gomes Giacomini, um exemplo vivo de que o sucesso está mesmo é no esforço pessoal e na dedicação aos estudos. Matheus não acredita em genialidade, e sim em suor e preparo. Atualmente com 17 anos nasceu em Fernandópolis, em 25 de outubro de 1991 o jovem, ainda na infância, foi matriculado pelos pais (Pedro Lourenço Giacomini e Divelaine Lavezo Gomes Giacomini) no Colégio Incentivo COC, logo que chegou a idade escolar. Do COC, ele só saiu para os bancos escolares da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), justamente o seu grande sonho. Agora, o garoto, que já está assistindo às aulas, poderá concretizar seu objetivo profissional. Matheus é um grande exemplo para os meninos e meninas de sua geração.
CIDADÃO: Por que você escolheu a carreira de médico?
MATHEUS: Talvez o que mais tenha motivado a minha escolha pela Medicina, seja o fato de poder, com meu trabalho, ajudar diretamente as pessoas em um momento tão delicado e difícil de suas vidas, como a da doença. É um grande desafio aliviar o sofrimento de alguém, com práticas corretas para isso, nunca esquecendo nosso lado humano, levando em consideração o paciente como um todo, biológica e psicologicamente. E como a vida é cheia de desafios que devem ser superados, este em especial, me fascina. Espero realizá-lo com dedicação e sucesso.
CIDADÃO: Você esperava tanto sucesso nos vestibulares logo aos 17 anos?
MATHEUS: Sinceramente, não esperava ter entrado tão logo em uma Universidade, ainda mais levando em conta que o curso de Medicina é um dos mais concorridos. Apesar de ter estipulado regras de estudar todos os dias, aumentando a carga horária em cada um dos três anos do Ensino Médio, a idéia de fazer cursinho já estava perfeitamente aceita por mim. Acho que o fato de ainda estar terminando o Ensino Médio, me ajudou muito nos vestibulares, pois pude fazer as provas com mais tranqüilidade, menos cobrança e mais confiança em mim mesmo, mas sempre com seriedade e procurando fazer o meu melhor. O grande segredo talvez seja sempre fazer bem feito tudo o que nos é proposto, não desistindo nunca dos nossos objetivos.
CIDADÃO: Quais foram as faculdades em que você passou? Você se lembra de suas classificações e das porcentagens de questões acertadas?
MATHEUS: Eu passei na FAMERP (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto prova realizada pela UNICAMP), que é uma faculdade estadual, em 168º lugar; na UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), em 126º lugar; e em duas faculdades particulares: FAMECA (Faculdade de Medicina de Catanduva), em 10º lugar; UNICASTELO (Fernandópolis), em 1º lugar. A porcentagem de questões acertadas varia em torno de 80 a 90% da prova.
CIDADÃO: Qual é o seu método de estudo?
MATHEUS: Eu sempre estudei todos os dias. A matéria dada era estudada naquele mesmo dia, não deixando acumular nada. A minha carga horária de estudo era de quatro a cinco horas por dia (sem contar a carga horária escolar), sempre aproveitando meu tempo para estudar. Um bom exemplo disto é que eu jogava futebol três vezes por semana em um clube da cidade, mas levava as apostilas e, enquanto não começava o jogo, aproveitava para estudar alguma matéria. É muito importante estar bem atento ao que o professor explica durante a aula, pois é aí que a maior parte do conhecimento é absorvido. Gostar de ler também é fundamental.
CIDADÃO: Você tem namorada? Sai com os amigos?
MATHEUS: Não, eu não tenho namorada, mas sempre saio com os amigos, pois acho que é uma forma de aliviar um pouco o peso do estudo, para descansar a mente e estar sempre disposto a aprender. Posso citar ainda duas coisas que ajudaram muito a me preparar para o vestibular, pois me faziam relaxar para poder começar de novo a estudar e me concentrar: o futebol (que jogava três vezes por semana) e ir para a propriedade rural que temos (durante vários finais de semana), especialmente para andar a cavalo, pescar, além de tocar guitarra. Se o aluno só estudar e esquecer o resto, com certeza se cansará logo e isso comprometerá seu aprendizado.
CIDADÃO: Por qual escola de Medicina você optou?
MATHEUS: Eu optei pela FAMERP, pois é uma faculdade estadual e muito bem conceituada, com muito boas opções para a residência, localizada em uma excelente cidade, além de estar próxima a Fernandópolis, o que me permite voltar para casa todo final de semana, pois gosto muito de estar com minha família. Eu não poderia ficar mais feliz, pois meu sonho era fazer faculdade na FAMERP.
CIDADÃO: Você acredita que passar no vestibular tem algum truque?
MATHEUS: Não, na verdade o vestibular é uma fase de preocupação para o aluno, mas não tem muito truque e sim esforço e dedicação. Manter estudo constante, ter confiança, perseverança, tranqüilidade, seriedade; fazer bem feito e com atenção a prova são algumas sugestões que podem ajudar. Não posso deixar de citar também, a sorte de na prova cair assuntos que o vestibulando domine melhor.
CIDADÃO: Qual foi a reação dos seus pais com os resultados que você obteve?
MATHEUS: Meus pais ficaram muito contentes e orgulhosos, mas surpresos, pois apesar de acreditarem muito em mim, também não estavam esperando que eu entrasse este ano, sem fazer cursinho. Às vezes, dizem que a ficha parece ainda não ter caído. O apoio deles foi fundamental nas minhas escolhas e decisões, deram toda a minha formação pessoal e todo o suporte para que eu pudesse estudar. Além de tudo, parece que gostaram muito do fato de eu estar cursando uma faculdade próxima à cidade de Fernandópolis, e podermos estar juntos todos os finais de semana.
CIDADÃO: Você estudou no COC de Fernandópolis. Em sua opinião, as escolas de ensino médio da cidade preparam adequadamente o vestibulando?
MATHEUS: Eu acho que sim, mas depende também do aluno complementar em casa, resolvendo o máximo de exercícios propostos, estando atentos às aulas, se dedicando mesmo. Em especial o Incentivo COC, onde sempre estudei, os professores são muito bons e o material muito rico, além da dedicação dos funcionários e direção, permitindo ao aluno desenvolver todo seu potencial e se preparar para o vestibular.
CIDADÃO: Para encerrar, gostaria de saber qual é a sua posição em relação ao toque de recolher para os menores de idade que foi implantado em Fernandópolis e outras cidades paulistas. Você e contra ou a favor? Por quê?
MATHEUS: É um assunto que provoca divergência. Para mim, particularmente, não mudou muito a minha vida e parece que nem a dos meus amigos, mas se o toque de recolher estiver proporcionando mais segurança e tranqüilidade aos moradores da cidade, a sua implantação é válida, como parece ser o caso aqui de Fernandópolis.