Férias escolares desaceleram economia

20 de Agosto de 2025

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Férias escolares desaceleram economia
A partir da próxima semana o setor econômico de Fernandópolis começa a desacelerar em função das férias escolares. Diversos estudantes oriundos de outras cidades aproveitam o período para retornar para casa.

Mesmo sem ter como quantificar esses dados, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (ACIF), Carlos Takeo Sugui, afirma: os universitários mantêm a economia da cidade acesa.

Todo ano é sempre a mesma história: enquanto os estudantes aguardam com ansiedade o período de férias; para os comerciantes, porém, janeiro, julho e dezembro são meses em que não há muito a comemorar.

O faturamento despenca e, por vezes, as contas não são fechadas no azul. Essa sazonalidade obriga empresários e prestadores de serviço a planejar as ações de olho no calendário das instituições de ensino superior.

Segundo o comerciante Luiz Cláudio Barros, proprietário de um posto de combustível, o período é um dos piores do ano. “Por essa época, as vendas na loja de conveniência caem aproximadamente 40% e o abastecimento de carros, 20%. Mas essa sazonalidade já é prevista, aproveitamos para dar férias aos funcionários. Fora isso não há muito o que fazer”, disse Luiz.

Empresários de outros ramos - como bares, restaurantes, lanchonetes, oficinas mecânicas - também reclamam do período. É o caso de uma distribuidora de leite situada na Avenida dos Arnados - que também vende bebidas – cujo proprietário, Blademir Selotto, estima ter queda nas vendas de 70%.

“Nessa época do ano o faturamento cai aproximadamente 70%. Embora o estabelecimento seja uma leiteria, vendemos cerveja e petiscos, então os universitários estão sempre aqui. A partir da próxima semana o movimento ficará pacato sem eles. Tem gente que reclama dos universitários, mas quantas casas vazias haveria se eles não existissem. Os estudantes fortalecem muito a economia da cidade,” afirmou Blademir.

Um dos setores mais movimentados em Fernandópolis, o imobiliário, também apresenta queda de aproximadamente 50%. Segundo a proprietária de uma imobiliária da cidade, Neideli de Fátima Bordin, algumas casas e quitinetes já estão fechadas sem ter para quem alugar. “A procura é sempre muito grande, mas nesta época algumas casas e quitinetes chegam a ficar fechadas. A preferência dos estudantes, principalmente os da Medicina, é de casas com piscina para poder fazer festas. Os dos outros cursos querem casas grandes e boas. Outros preferem quitinetes para morar sozinho. Eles mudam bastante, pois às vezes brigam com um colega e acabam mudando de casa”, concluiu Neideli.