19h50 - Um servente de pedreiro, Adeildo Felix da Silva, 30, tirou a própria vida com tiro de roleta-russa nessa segunda-feira, por volta das 18h30, em um bar situado no Jardim Araguaia.
Havia cerca de 10 pessoas no boteco quando Adeildo chegou, pediu para pagar a conta que devia; pediu uma cerveja e, sem dar muitas explicações, sacou a arma e disse em voz alta: quer ver, é assim que se faz. O primeiro tiro falhou, no segundo ele atirou contra a cabeça.
A arma, um revolver calibre 38, tinha cinco munições. Segundo a família, a primeira ele gastara atirando para o alto, logo que saiu de casa, após discutir com a mulher. O motivo da briga, segundo a filha e o genro, teria sido porque a esposa o acordara em um tom de voz mais alto naquela manhã.
O genro disse ainda que o sogro vivia ameaçando tirar a própria vida. Ele brigou o dia todo com minha sogra, tinha tomado duas doses de conhaque em casa, depois foi para o bar e tomou mais quatro cervejas, voltou para casa, jantou e saiu de novo. Quando retornou estava com uma arma na mão. Perguntamos onde ele havia conseguido aquele revolver, ele respondeu: por ai. Alertamos então, que ele poderia fazer uma besteira com aquela arma. Mas ele não quis ouvir, saiu bravo, deu um tiro para cima e foi para o bar novamente. Logo depois recebemos a notícia de que ele teria se matado, disse o genro.
De acordo com o proprietário do bar - Ademir Cândido Novaes Adeildo, que era mais conhecido como Alemão, não tinha o hábito de vir todos os dias ao boteco. Ele não vinha sempre aqui, hoje quando chegou estava até alegre, pediu a conta que era de R$ 40,50 pagou, pediu uma cerveja, mas nem chegou a tomar. Logo puxou a arma e se matou. Eu tive sorte porque se o primeiro tiro vingasse, teria me acertado também, desabafou Ademir.
O caso será investigado pelo Primeiro Distrito de Polícia de Fernandópolis.