O Museu Histórico de Fernandópolis recebeu nas últimas duas semanas cerca de 1.500 visitantes entre alunos da rede pública e privada, além de populares que fizeram questão de conferir uma exposição especial que foi organizada para comemorar o 70º aniversário da cidade.
Segundo os funcionários que trabalham no Museu - Daniel Soares, Rina de Almeida e Wânia Freitas - em 13 dias o local recebeu a visita de nove escolas que foram previamente agendas. Para realização desse trabalho, o Museu foi dividido em sete salas, assim dispostas:
Sala de ação educativa, onde é apresentado um DVD de dez minutos sobre Fernandópolis
Exposição com fotos de todos os prefeitos que governaram a cidade
Exposição do acervo fotográfico da história do município
Sala com móveis da década de 30 e 40, retratando a época da fundação de Fernandópolis
Sala com utensílios de cozinha utilizados por moradores na época da fundação da cidade
Sala com ferramentas de trabalho e peculiaridade das décadas de 40, 50 e 60
Sala que retrata a evolução dos tempos
Ainda esse ano o Museu passará por uma reforma para atender uma nova proposta, a de um museu vivo. A iniciativa partiu do Centro de Documentações e Pesquisas da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF). Para que esse projeto seja viabilizado, foi preciso que a Prefeitura Municipal cedesse um salão que fica ao lado do Museu, onde funcionava a antiga Unidade Básica de Saúde da Brasilândia.
O local já foi cedido para o Museu, o curso de História da FEF colaborou elaborando um estudo da planta do local para fazer uma adequação desse espaço para a nova área que será criada no museu.
O projeto - que teve início há três anos contempla algumas etapas. A primeira foi a criação da Associação dos Amigos do Museu, cuja mobilização partiu do curso de História da FEF. Em seguida foi realizada uma catalogação do acervo de peças existentes no Museu, que ainda está em andamento. Com a transferência da UBS, o museu começou a ser ampliado e será dividido basicamente em dois ambientes:
O primeiro abrigará a parte antiga do museu com peças antigas e de famílias tradicionais
O segundo será destinado às exposições culturais, produções de alunos, exposição de discos antigos (denominado memória musical), entre outros.
A concepção que estabelecemos é a de um museu vivo. Por mais que ele tenha um acervo permanente, terá também um espaço que será destinado a exposições itinerantes. O estudo da obra já foi feito, existe uma verba e os engenheiros da Prefeitura já estão trabalhando. Acredito que até o final do ano a obra já esteja bastante adiantada, acrescentou o coordenador e professor do curso de História da FEF, Humberto Perinelli Neto.
Após a implantação de todo o projeto, pretende-se elaborar junto à Diretoria Municipal de Educação, ações educativas voltadas para o patrimônio público, para o cuidado com a preservação, conhecimento e reconhecimento da memória da cidade.
O trabalho não será dado por terminado porque a gente colaborará com as exposições itinerantes e aquisição de novas peças através de campanhas junto aos meios de comunicação. Faremos também intermediações junto ao Governo para trazermos para o museu algumas exposições que já existem e que esse novo ambiente irá abrigar, esclareceu Perinelli.